Vereadores apuram denúncia que pode levar a impeachment

Vereadores do município acataram denúncia de corrupção contra prefeito e constituíram comissão processante

O prefeito afastado de Pacajus, Pedro José Philomeno (PSDB), que está preso há uma semana sob acusação de desvio de dinheiro público, pode ser cassado pela Câmara Municipal. Na tarde de ontem, em sessão extraordinária, nove dos 10 vereadores do município acataram denúncia de corrupção do eleitor Ruberlan Almeida e constituíram uma comissão processante para apuração do caso.

Para que a denúncia fosse recebida pela Casa, sete dos 10 vereadores teriam de acatá-la. Como nove votaram pela apuração da denúncia,o presidente da Câmara, João Eudes (PSDB), não precisou interferir na votação.

Em até 90 dias um relatório será elaborado pela comissão, que poderá pedir a cassação do prefeito afastado, se constatada a denúncia. O vereador Joseilton Abel Silva (PDT) será o presidente da comissão, enquanto o parlamentar Glauber Robson Oliveira Lima (PT) será o relator. Paulo Henrique de Castro Pontes, que é vereador do município pelo PSDB, também compõem a comissão.

O processo com a denúncia contra o prefeito afastado já foi repassado pelo presidente da Câmara aos membros da comissão. Eles devem se reunir pela primeira vez na próxima segunda-feira para dar início as investigações.

Afastamento

De acordo com o diretor de secretaria da Câmara Municipal de Pacajus, Gilberto Conrado, o vereador José Eudes também expediu oficialmente, na sessão de ontem, decreto legislativo afastando Pedro José do cargo de prefeito por 90 dias, tempo máximo que a comissão processante terá para investigar a denúncia. O decreto, segundo o diretor, foi apreciado no Plenário da Casa.
Pedro José permanece preso na Delegacia de Capturas, em Fortaleza, junto com assessores e familiares. Seu advogado de defesa, Hélio Leitão, afirmou que o prefeito afastado vai se defender “de um processo que ainda está no início e que tem “forte componente político” no momento certo