Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiram, em assembleia realizada na manhã de ontem, pelo início imediato da greve por tempo indeterminado. O resultado da votação foi quase unânime.

13 de jun. de 2012

Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiram, em assembleia realizada na manhã de ontem, pelo início imediato da greve por tempo indeterminado. O resultado da votação foi quase unânime.


Em assembleia realizada na manhã de ontem, a maioria dos professores votou pelo início imediato da greve por tempo indeterminado
A decisão homologou o resultado do plebiscito realizado na segunda-feira (11), no qual 883 (69,64%) professores votaram favoráveis e 379 (30,36%) manifestaram-se contra. “Isso não deixa dúvidas de que a base quer a greve. Ela inicia forte e coesa”, afirma o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc), Marcelino Pequeno. Segundo ele, desde setembro de 2011, a categoria negocia com o Governo, mas nenhuma proposta foi apresentada até o fim de maio.
O clima da assembleia ficou carregado de tensão política, com direito a aplausos e vaias ao longo dos discursos. A disputa principal está no fato de existirem três sindicatos representando os professores: a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). A Adufc é ligada à primeira instituição.
Cada sindicato tem uma pauta de reivindicações diferente e a discussão de qual delas deve ser seguida dividiu a opinião dos professores. A diretoria da Adufc tentou colocar em votação a pauta apresentada pelo Proifes, mas não foi bem-sucedida na tentativa.
Sem consenso, optou-se por aprovar uma pauta generalista, na qual os professores afirmam lutar por uma universidade pública e gratuita, por melhores condições de trabalho docente, pela reestruturação da carreira docente e pela retirada das mudanças na forma de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade da Medida Provisória 568/12.
Um comando local de greve foi montado com o objetivo de discutir e definir quais serão as reivindicações dos professores das universidades federais cearenses.
A UFC informou, em nota, que serão mantidos apenas os serviços considerados essenciais, como os prestados pelo Complexo Hospitalar. A nota reconhece que a greve deverá atrasar o fim do semestre letivo, previsto para o dia 26 de junho. O Ministério do Planejamento, através da assessoria de comunicação, afirmou que as negociações com os professores vão continuar, mas não informou se já existe uma proposta fechada para ser apresentada à categoria.
 ENTENDA A NOTÍCIA
A greve dos professores da UFC e Unilab foi aprovada em assembleia na manhã de ontem. A paralisação é por tempo indeterminado e as atividades acadêmicas já foram suspensas. Categoria está dividida em relação à qual pauta de reivindicações seguir.

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