Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Os maus políticos estão de cabelo em pé. Juiz da Lava Jato retira sigilo de delação de Youssef

22 de jan. de 2015

Os maus políticos estão de cabelo em pé. Juiz da Lava Jato retira sigilo de delação de Youssef

André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, decidiu hoje (21) liberar o conteúdo do acordo de delação premiada firmado entre o doleiro Alberto Youssef e o Ministério Pùblico Federal (MPF). No acordo, o doleiro citou nomes de políticos que receberam dinheiro do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Moro decidiu levantar o sigilo do acordo para garantir que as informações prestadas possam ser confrontadas pelos acusados, que deverão ter acesso exclusivo ao depoimento.
"Prevê o Artigo 7º da Lei nº 12.850/2013 que o acordo deixa de ser sigiloso quando recebida a denúncia. No presente caso, há denúncias que já tramitavam até mesmo antes da celebração ou homologação do acordo. Embora as denúncias nele não se baseassem, até porque anteriores, faz-se necessário levantar o sigilo sobre o acordo já que Alberto Youssef figura como coacusado/testemunha em várias delas e o depoimento dele, que nelas será prestado, tem relevância", disse o juiz.
A decisão foi motivada por pedidos dos advogados dos réus para que pudessem elaborar a defesa que devem apresentar nas ações penais oriundas da sétima fase da Lava Jato. Por envolver membros do Congresso Nacional, a delação precisou ser homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com os termos do acordo de delação, Youssef se comprometeu a repassar à Justiça os valores depositados em contas no exterior, hotéis localizados em Aparecida (SP), Porto Seguro (BA) e Londrina (PR), além de carros importados. O doleiro também se comprometeu a identificar políticos que receberam dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras. Em contrapartida, o Ministério Publico Federal (MPF) garantiu que ele vai cumprir até 5 anos de prisão e passará para o regime aberto, mesmo sem cumprir os requisitos exigidos pela lei.
* matéria alterada às 22h43 para acréscimo de informação

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