Dois diretores de hospitais públicos decidiram pedir exoneração de seus cargos, diante da falta de recursos para conduzir a administração das unidades. O anúncio das saídas dos dirigentes é mais um capítulo da gravíssima crise que se abateu sobre o setor de Saúde do Ceará no governo de Camilo Santana (PT).
Pediram demissões de seus cargos nesta sexta-feira (12), Carlos Alberto Studart, diretor do Hospital de Messejana; e Roberto Justa, do Hospital São José. As duas unidades são destinadas ao atendimento médico especializado. A primeira trata de doenças cardiológicas e a segunda de enfermidades infecto-contagiosas.
Os pedidos de saída já foram recebidos pelo secretário de Saúde do Estado, Henrique Javi, que não se pronunciou oficialmente sobre o fato.
As sérias dificuldades financeiras para gerir as duas unidades teriam sido o motivo principal para que os dois dirigentes decidissem deixar seus respectivos cargos. Sem verbas para prestar um serviço de qualidade aos milhares de pacientes que buscam atendimento todos os meses naqueles dois hospitais, os dirigentes optaram por entregar seus cargos.
Corredores lotados de pacientes, falta de leitos, atendimento precário, falta de insumos e até atraso no pagamento de salários de médicos e auxiliares, aliados a outros fatores administrativos, levaram o Estado do Ceará a uma crise sem precedentes no setor da Saúde.
Em entrevista ao Ceara News nesta quinta-feira (11), o presidente de honra do Partido da República (PR) e ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, foi enfático ao criticar o governador do Estado diante da crise no setor, com ameaça de fechamento de importantes hospitais no Interior.
“Ou é falta de dinheiro ou incompetência do governador”, disse Pessoa se referindo ao estado deplorável da Saúde no Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário