Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Sindicato dos Médicos do Ceará, que decide não aderir à greve, é alvo de repúdio

27 de abr. de 2017

Sindicato dos Médicos do Ceará, que decide não aderir à greve, é alvo de repúdio

O Movimento “Médicos pela Democracia” divulgou, nessa noite de quarta-feira, uma nota repudiando decisão do Sindicato dos Médicos do Ceará de não aderir à greve geral desta sexta-feira. Confira:
O coletivo “Médicos pela Democracia” se posiciona contra a retirada de Direitos Trabalhistas e Previdenciários e manifesta repúdio à posição da Diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará que se coloca contra a Greve Geral sem ouvir a categoria em assembleia, ato que consideramos antidemocrático e inconcebível em questões vitais para a nossa categoria e todos os brasileiros.
A greve conta com o apoio de 09 Centrais Sindicais, da CNBB, de seus bispos e arcebispos, que convocam o povo cristão a reagir, com as cinco maiores Igrejas Evangélicas Tradicionais, que não aceitam que ceifem direitos e garantias do povo trabalhdor, com centenas de Sindicatos de várias categorias.
Na contramão de diversos movimentos sindicais do país, o nosso Sindicato dos Médicos do Ceará, desgraçadamente, faz coro com a retrógrada AMB para se opor ao legítimo direito dos médicos de se unirem ao povo, na memorável greve geral que está sendo preparada para este 28 de Abril. E o mais grave: o Sindicato ainda faz ameaças aos médicos que aderirem à Greve Geral, indo de encontro aos interesses da categoria. Estes dirigentes sindicais não nos representam e merecem total e absoluto repúdio da nossa categoria e de todos os democratas que estão ao lado do povo.
Reafirmamos nossa decisão de lutar em defesa:
– dos direitos trabalhistas, contra a reforma proposta pelo (des)governo Temer, que revoga mais de 200 itens da CLT;

– dos direitos previdenciários, contra a reforma da previdência proposta pelo atual governo, que penaliza sobremaneira todos os trabalhadores, sobretudo as mulheres, professores e trabalhadores rurais;
– do SUS, que sofre continuados e múltiplos ataques, na tentativa de destruir suas possibilidades de avançar na oferta ampliada de serviços de qualidade, efetivando o direito constitucional;
– da universidade e ensino públicos e gratuitos de qualidade, que sofrem restrições progressivas de recursos, com o congelamento orçamentário por duas décadas;
– da pesquisa científica e inovação tecnológica, que progressivamente agonizam por políticas restritivas de recursos.

Nesse sentido, temos, como cidadãos e cidadãs livres, um compromisso ético com a sociedade e com as gerações futuras de lutarmos contra o retrocesso, a negação de direitos adquiridos e em defesa de uma sociedade justa, socialmente inclusiva, culturalmente avançada e livre.
*Médicos Pela Democracia do Ceará
Fortaleza, 26 de abril de 2917.

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