Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : A VACA JÁ ESTÁ TOSSINDO NO BREJO COM A NOSSA ESTADISTA TUPINIQUIM

26 de jan. de 2015

A VACA JÁ ESTÁ TOSSINDO NO BREJO COM A NOSSA ESTADISTA TUPINIQUIM

JORGE OLIVEIRA


Maceió – Ao deixar de ir no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para prestigiar à cerimonia de posse de Evo Morales, reeleito pela terceira vez presidente da Bolívia, depois de manipular a Constituição, a presidente Dilma, finalmente, demarcou seu território como estadista tupiniquim: não quer discutir o Brasil com a elite política e econômica das grandes nações. Prefere o aconchego do representante boliviano, responsável pela entrada de toneladas e mais toneladas de cocaína no Brasil, que virou a principal rota de tráfico para o mundo.
 Ao subestimar o principal fórum de discussão do planeta, a presidente faz a opção de isolar o país das questões econômicas e sociais discutidas pelos principais estadistas do mundo e com os mais representativos homens de negócios, cientistas sociais e defensores do meio ambiente. Tudo indica que a política externa do país está de vez nas mãos do obscuro aspone Marco Aurélio Garcia que, sozinho, decide sobre os rumos do Brasil lá fora. O Itamaraty virou objeto de decoração no governo do PT. A prova disso é que não paga nem mais as contas de aluguel e dos serviços das embaixadas e dos consulados lá fora. O orçamento – que já era pequeno – caiu pela metade.
 É triste para um país como o Brasil, uma das maiores potências econômicas do mundo, curvar-se a um bando de idiotas que não enxerga um palmo à frente do nariz do que está ocorrendo no mundo moderno, no mundo em que prevalece o diálogo inteligente e o pragmatismo consequente. Que transforme a política de estado em política de um grupelho partidário retrógrado e o país num latifúndio ideológico dinossáurico. É difícil imaginar que apenas um assessor medíocre  como Marcos Aurélio Garcia trace as estratégias de política exterior com os países que o Brasil mantém relações econômicas em detrimento do assessoramento diplomático do Itamaraty, hoje, um dos órgãos mais desprestigiados pela presidente.
 A ausência de Dilma no fórum de Davos acontece no momento em que o Brasil mais necessita de dialogar com a Europa e com os Estados Unidos sob o risco de ficar falando sozinho para encontrar soluções para a crise que bate à sua porta. No momento como esse ouvir apenas um assessor como Marcos Aurélio, travado ideologicamente, é levar o país definitivamente para o fundo do poço. Com consequências irreparáveis.
 Os banqueiros que dirigem a economia do Brasil, liderados por Joaquim Levy, já estão dessincronizados. Cada um, com as teses mais ortodoxas, tenta salvar o país com aperto fiscal e tributário sob o olhar vigilante da Dilma. Levy, por exemplo, falou que o país entraria em recessão econômica já no primeiro trimestre. Foi obrigado a se desmentir, como fizera o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ao falar sobre a política do salário mínimo.
 A verdade, minhas senhoras e meus senhores, é que o país está entrando em parafuso. A vaca começou a tossir antes que a Dilma pudesse tirá-la do brejo. Todos os índices sociais e econômicos são negativos e a taxa de desemprego já é a maior dos últimos cinco anos. E o trabalhador desempregado é sinal de bolso vazio e mesa vazia. O Brasil conhece esse filme: Sarney quase foi degolado por um impeachment, que depois seria aplicado ao Collor pelo povo desesperado com a economia sufocante.
 É bom que a petezada bote as barbas de molho, porque, antes do que se esperava, a vaca tossiu no brejo.

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