Terremoto deixa ao menos cinco mortos no sudeste do Irã .

PARISA HAFEZI
DA REUTERS, EM TEERÃ

Pelo menos cinco pessoas morreram após um terremoto de magnitude 6,5 no sudeste do Irã, que destruiu casas numa área montanhosa do país, segundo o governador da região.
"Até agora cinco pessoas morreram. É possível que haja um alto número de vítimas por causa da vasta escala de danos", disse Esmail Najjar, governador da província iraniana de Kerman, centro do tremor.
A televisão estatal informou que ao menos três vilas foram destruídas.
O Serviço Geológico dos EUA estimou a magnitude do terremoto em 6,3. A Irna, agência estatal de notícias do Irã, afirmou que quatro tremores brandos atingiram a mesma região num intervalo de uma hora.
"Em algumas (...) aldeias nas montanhas várias pessoas teriam morrido", disse um funcionário provincial de Kerman à TV estatal. "Mas ainda não temos cifras específicas (...). O acesso a essas aldeias é muito difícil."
Outra agência de notícias, a semioficial Fars, disse que o terremoto também foi sentido na província do Sistão-Baluchistão, no sudeste iraniano, fronteira com Afeganistão e Paquistão.
"Muita gente deixou suas casas na cidade de Zahedan (...). Ele foi sentido também nas cidades de Bam, Khash e Iranshahr", disse a Fars.
Ali Reza, morador de Bam, afirmou por telefone: "Não houve danos na cidade de Bam, mas sentimos o tremor."
A província de Kerman é altamente vulnerável a terremotos. Em 2003, cerca de 31 mil pessoas morreram num sismo que devastou Bam.
O Irã fica sobre várias falhas geológicas, e terremotos são frequentes. O de segunda-feira ocorreu numa área que não está ligada à produção de petróleo, produto do qual o país é o quarto maior exportador mundial.
Por telefone, um funcionário do governo provincial de Kerman disse que "a área atingida pelo sismo é uma área deserta".
Uma fonte do Crescente Vermelho disse à TV local que "em algumas partes rurais da região (...) o terremoto causou pesados danos aos prédios, especialmente na aldeia de Hosseinabad, onde as casas eram feitas com tijolos de barro".
fonte - folha.com