A Gazeta do Povo do Paraná desta quarta-feira (12/1) noticiou a reivindicação das centrais sindicais de atualização da tabela do Imposto de Renda e citou o estudo produzido pelo Sindifisco Nacional sobre o tema. “A defasagem significa perdas para o contribuinte que pode passar a recolher mais imposto”, diz a reportagem. O jornal também cita as estimativas do diretor de Estudos Técnicos do Sindicato, Luiz Antonio Benedito. “Digamos que no ano anterior você estava na faixa de isento e, neste ano, tenha obtido um reajuste em função da inflação e, com isso, passa a contribuir. Vai passar a pagar 7,5% [porcentual que incide sobre a primeira faixa de cobrança] sobre o que excedeu, sem ter ganho real algum”, explicou o sindicalista. Benedito ressalta que essa falta de atualização da tabela prejudica ainda mais quem recebe menores salários. Principalmente, porque as menores faixas estariam isentas caso a defasagem fosse corrigida. Sem o reajuste, o governo aumenta a tributação por uma via indireta, aproveitando-se de um processo inflacionário.“Não me parece uma medida justa, e o resultado de arrecadação é ínfimo”, avalia Benedito. A reportagem também reforça que não existe uma lei que determine o critério de correção para a tabela do Imposto de Renda. Em 2007, o governo editou uma norma em que foi estabelecida a atualização da tabela em 4,5% anualmente, até 2010. As centrais sindicais defendem que as faixas salariais para desconto do imposto sejam reajustadas pela inflação acumulada em 2010, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), que fechou o ano em 6,47%. Até o momento, a tabela de 2011 não foi atualizada. Para pressionar o governo a reajustar a tabela, as centrais estão organizando manifestações em todo o país e se preparam para apresentar processos na Justiça. UOL- Na terça-feira (11/1), o site de notícias UOL também citou o estudo do Sindicato sobre a defasagem da tabela do IR e ouviu o diretor Luiz Benedito sobre a necessidade de atualização da tabela com base nos índices de preços. "Essa seria uma medida de justiça, diminuindo a pesada carga tributária que incide sobre a renda do trabalho", afirmou Benedito. A reportagem ainda destaca cálculos do estudo do Sindicato. “Segundo estudo do Sindifisco, no período de 1995 a 2002, a tabela do IRPF foi reajustada em 35,59% e, no período de 2002 a 2010, em 39,03%. Essas correções foram apenas parciais, não refletindo todo o custo de vida do período, revela o estudo”. |
14 de jan. de 2011
Centrais sindicais cobram atualização da tabela .
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