“Você está indo para um dos lugares mais lindos desse Brasil", disse o recepcionista do hotel em São Luís enquanto preparava meu check out. Depois arregalou os olhos e completou: "É um lugar cheio de lendas e histórias". Enfim sorriu e apenas desejou-me boa viagem. O recepcionista era apenas mais um que não passava indiferente com o nome do lugar para onde eu estava prestes a ir naquele dia: a Ilha dos Lençóis. Várias outras pessoas na cidade já tinham ouvido falar das belezas da tal ilha e falavam com entusiasmo sobre dunas, manguezais e uma incrível praia deserta de muitos quilômetros escondida no trecho mais selvagem do litoral brasileiro, conhecido como Reentrâncias Maranhenses.
Ainda era 5h da manhã, o sol apenas ameaçava sair, quando joguei as bagagem no carro e iniciei viagem. Apesar da proximidade de 160 km (em linha reta) desde São Luís, seriam cerca de 12 horas ao todo, incluindo a travessia de ferry boat para Cojupe, estrada até Apicum-Açu, cidade de onde partem os barcos para mais quatro horas de navegação para a ilha. Sim, é longe, até para os próprios maranhenses. Requer uma boa dose de espírito de aventura para encarar a jornada. A ilha ainda não entrou para o mapa do turismo e preserva completamente a pacata rotina de vila de pescadores. É um lugar rústico e sem frescuras, indicado para quem gosta de conhecer o que pouca gente conhece e vê charme até em certos desconfortos, como, por exemplo, o transporte realizado em barcos de pesca improvisados para levar passageiros.
Para o Blog do amigo Moises Arruda.
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