Ranking de causas do ataque cardíaco é formado ainda por café, sexo, drogas, esforço físico e emoções negativas
Foto: Getty Images
Congestionamento registrado em São Paulo em setembro de 2010
Uma revisão de 36 estudos envolvendo mais de 700 mil pessoas definiu quais são os principais inimigos do coração da população. O ranking das causas de infarto foi publicado no The Lancet, um dos mais importantes veículos médicos do mundo.
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Para chegar à lista de fatores de risco dos ataques cardíacos, os pesquisadores ligados à Hasselt University, da Bélgica, levaram em conta não apenas o potencial de letalidade de cada “vilão” mas também o número de pessoas que ficam expostas a ele. Esta combinação fez o trânsito desbancar todos os concorrentes e ocupar o topo das causas, superando as drogas, as refeições pesadas e as emoções negativas.
Uma das explicações para o tráfego ser o principal gatilho de infarto é que nele estão associados outros inimigos cardíacos, como poluição e estresse, que também aparecem de forma isoladas no ranking estipulado pelo estudo.
Além das panes cardíacas, os congestionamentos são apontados como responsáveis por várias outras doenças, sendo a trombose um exemplo. A própria poluição também é culpada não só pelos infartos, mas outros problemas de saúde, como infertilidade e até apendicite.
Os gatilhos de infarto
Pesquisa mostra os fatores de risco que associam potencial de letalidade e exposição da população. Dados em porcetagemThe Lancet
Entretanto, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Informações Sobre Dorgas Psicotrópicas (Cebrid), ligado à Unifesp, apenas 0,5% da população brasileira é usuária habitual desta droga - as mulheres, quando estão na faculdade, usam mais a droga e o porcentual chega a 7%. Já um estudo conduzido pelo Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que as principais capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Curitiba – têm concentração de partículas finas na atmosfera (um dos poluentes mais nocivos) em índices muito superiores ao que preconiza como limite a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Este estudo é um aviso de que não podemos negligenciar os efeitos dos riscos moderados quando eles afetam toda a população”, disse ao jornal New York Times Andrea Baccarelli, professor associado de epigenética ambiental da Escola de Saúde Pública da Harvard e coautor de um editorial sobre o estudo.
Um outro alerta feito na pesquisa é que as emoções negativas também são desencadeadoras de infarto. Especialistas brasileiros já haviam endossado que a “síndrome do coração partido” é uma das principais protagonistas do infarto do novo século.
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