Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília
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Em Brasília
Em sua primeira convenção nacional após a derrota nas eleições presidenciais de 2010, o PSDB se reúne neste sábado (28) em Brasília sem ter dado fim às divisões internas que facilitaram a vitória de Dilma Rousseff e de governistas na votação do ano passado. O encontro servirá também para indicar se José Serra, candidato derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto, está isolado ou se pode medir forças com o senador mineiro Aécio Neves.
Enquanto o ex-governador de São Paulo sofre para emplacar aliados em cargos-chave e corre risco de não assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela – depois de derrotado em 2006, Geraldo Alckmin ficou no cargo para ter alguma visibilidade -, Aécio já é chamado de potencial presidenciável para 2014. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vê o ex-governador de Minas Gerais à frente do homem que teve 45 milhões de votos no ano passado.
Os atritos ficam para os bastidores. Em público, os principais líderes tucanos, como os governadores Alckmin e Antônio Anastasia, falam em "repaginação" ou em "reagrupamento" do partido, que perdeu aliados para o PSD, recém-criado pelo prefeito Gilberto Kassab, e já se vê pressionado pelas eleições municipais de 2012. A eleição do presidente da legenda pelos próximos anos, no entanto, vai mostrar de que lado as forças internas estão.
Serra pode acabar levado à presidência de um conselho político que será criado na convenção. A presidência do PSDB, nesse cenário, continuaria nas mãos do deputado federal Sérgio Guerra, que coordenou a campanha tucana à Presidência no ano passado em uma convivência cheia de desencontros com o ex-governador. "O cenário realmente não é o melhor, acho que podemos levar dias até a convenção acabar", disse um tucano da máquina do partido.
Não há garantia de que Serra cederá aos apelos dos colegas paulistas. Mas o instinto de sobrevivência pode falar mais alto. "A chance maior é de alguma conciliação no encontro para depois, nos dias seguintes, serem definidas a presidência do Instituto e a ocupação de alguns espaços importantes. Serra foi nosso candidato a presidente. Um homem que poderia dirigir o país não pode ser deixado de lado", afirmou o tucano, que preferiu não se identificar.
Até agora, nenhum outro candidato a presidente do PSDB se apresentou, mas Guerra pode enfrentar concorrência de última hora se o candidato derrotado à presidência se sentir isolado. Alberto Goldman, sucessor de Serra no governo paulista, poderia ser apresentado – embora a tendência seja ele ocupar a secretaria-geral. Sinal de que o encontro, que começa às 9h no centro de convenções Brasília 21, pode não acabar quando terminar oficialmente.
Enquanto o ex-governador de São Paulo sofre para emplacar aliados em cargos-chave e corre risco de não assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela – depois de derrotado em 2006, Geraldo Alckmin ficou no cargo para ter alguma visibilidade -, Aécio já é chamado de potencial presidenciável para 2014. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vê o ex-governador de Minas Gerais à frente do homem que teve 45 milhões de votos no ano passado.
Os atritos ficam para os bastidores. Em público, os principais líderes tucanos, como os governadores Alckmin e Antônio Anastasia, falam em "repaginação" ou em "reagrupamento" do partido, que perdeu aliados para o PSD, recém-criado pelo prefeito Gilberto Kassab, e já se vê pressionado pelas eleições municipais de 2012. A eleição do presidente da legenda pelos próximos anos, no entanto, vai mostrar de que lado as forças internas estão.
Serra pode acabar levado à presidência de um conselho político que será criado na convenção. A presidência do PSDB, nesse cenário, continuaria nas mãos do deputado federal Sérgio Guerra, que coordenou a campanha tucana à Presidência no ano passado em uma convivência cheia de desencontros com o ex-governador. "O cenário realmente não é o melhor, acho que podemos levar dias até a convenção acabar", disse um tucano da máquina do partido.
Não há garantia de que Serra cederá aos apelos dos colegas paulistas. Mas o instinto de sobrevivência pode falar mais alto. "A chance maior é de alguma conciliação no encontro para depois, nos dias seguintes, serem definidas a presidência do Instituto e a ocupação de alguns espaços importantes. Serra foi nosso candidato a presidente. Um homem que poderia dirigir o país não pode ser deixado de lado", afirmou o tucano, que preferiu não se identificar.
Até agora, nenhum outro candidato a presidente do PSDB se apresentou, mas Guerra pode enfrentar concorrência de última hora se o candidato derrotado à presidência se sentir isolado. Alberto Goldman, sucessor de Serra no governo paulista, poderia ser apresentado – embora a tendência seja ele ocupar a secretaria-geral. Sinal de que o encontro, que começa às 9h no centro de convenções Brasília 21, pode não acabar quando terminar oficialmente.
Fonte: A Folha de São Paulo
Colaboração: J. Batista
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