Pivô da Operação Inselberg, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Federal e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o ex-presidente da Câmara de Ibaretama, João Vieira Picanço, falou com exclusividade ao portal Ceará Agora, e deu detalhes dos esquemas fraudulentos investigados.
Picanço denunciou à Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) o esquema de fraudes no Poder Legislativo da cidade, que teve o envolvimento de quatro vereadores. Ele revela que foi procurado para assumir a candidatura e, em troca, pagaria assessorias. "Partiu deles que o acordo teria que ser documentado, para que depois eu não fosse alegar que não tinha acordo feito. (...) Cada um ficou com a sua cópia", disse.Quando se negou a pagar os valores exigidos pelos parlamentares, o então presidente da Câmara, João Picanço afirma que passou a ser vítima de ofensas e desmoralizações. Ele garante que não tinha como trabalhar naquela situação e que, por fim, foi cassado pelos próprios vereadores que ajudou. "Eu não tinha a mínima condição de honrar o compromisso. Cortei as assessorias, cortei as diárias e fui cassado."
Além dos mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos na Câmara Municipal, a Polícia Federal também executou ordens contra secretários e servidores da Prefeitura de Ibarema. Mas João Vieira Picanço faz questão de negar qualquer participação em denúncias contra a gestão de Francisco Edson.
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