Edgar Lisboa/Repórter Brasília - O dia 24 de agosto marca o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas. Mas amanhã, 25 de agosto, também é uma data bastante especial para a história do País. É quando se comemora o início da única mobilização popular da América Latina que conseguiu evitar um golpe militar. A chamada Campanha da Legalidade garantiu em 1961 que, contrário aos desejos dos militares, o vice-presidente João Goulart voltasse ao País e assumisse como presidente após a renúncia de Jânio Quadros. Em 2011 se comemora 50 anos do evento. “É algo na história que a juventude precisa conhecer e que não se pode esquecer”, afirmou o deputado federal Enio Bacci (PDT-RS). Segundo ele, as comemorações são um reconhecimento da história do Brasil e do legado de Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul que encabeçou a Campanha da Legalidade. “É uma homenagem aos gaúchos e a Brizola. Pessoas como ele não podem ser esquecidas”. Bacci também lembra que, se não fosse o golpe de 1964, Brizola provavelmente seria eleito presidente da República.
Brizola: Herói Nacional - O legado de Leonel Brizola é tão grande que há gente que quer que ele seja considerado Herói Nacional, ao lado de Tiradentes e José Bonifácio. O deputado federal gaúcho Luiz Noé, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), tem um projeto de lei que coloca Brizola ao lado de Heróis Nacionais que constam no Livro de Aço, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. “A importância da Campanha da Legalidade passou despercebida no Brasil. Nesse ato, Brizola defendeu a democracia”. Noé, que já conhecia a história política de Brizola, se tornou admirador após conhecer a história pessoal do ídolo. “Comecei a admirá-lo com a história da vida dele”. Mas Noé admite ter sido motivo de chacota por pensar em colocar Brizola entre os heróis da Pátria. “Propus antes dessa série de eventos que lembram a Legalidade e fui motivo de chacota. Depois, tomou uma dimensão maior”.
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