Danilo Macedo e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Em depoimento de mais três horas, o ministro do Esporte, Orlando Silva, voltou a negar hoje (18) as acusações de desvio de recursos do ministério. O ministro foi ouvido em audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
Em denúncia publicada pela revista Veja no último sábado, o policial militar João Dias Ferreira denunciou um esquema de corrupção no Programa Segundo Tempo, que repassa recursos para incentivar a prática de esportes entre crianças de baixa renda. Segundo a denúncia, o próprio ministro teria recebido dinheiro desviado do programa, em troca da liberação de recursos para uma organização não governamental.
Silva negou as acusações e repetiu que não há provas de seu envolvimento no suposto esquema de corrupção. “O fato gravíssimo é que uma revista nacional disse que o ministro recebeu recurso público de desvio e até agora não mostrou nenhuma prova”, disse, em entrevista, após a audiência.
O ministro disse que a acusação sem provas é um “tribunal de exceção”. “Nego peremptoriamente. Não houve, nem haverá provas contra mim. Também repudio a informação de que haja esquema de caixa 2 para o meu partido. Repudio as duas denúncias”.
Orlando Silva enfatizou que pediu à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que investiguem as denúncias. “Coloquei meus sigilos fiscal, bancário e telefônico à disposição”.
Durante o depoimento, o ministro defendeu a gestão do Programa Segundo Tempo, disse que os contratos sob suspeita de irregularidades já estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas da União e desqualificou o delator. “Quem fez a acusação? Trata-se de um desqualificado, um criminoso, uma pessoa que foi presa, uma fonte bandida”.
Enquanto o ministro prestava esclarecimentos na Câmara, líderes da oposição se reuniram com Ferreira na liderança do PSDB no Senado. De acordo com o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), o delator acrescentou detalhes à denúncia e disse que está disposto a ir à Câmara confirmar as acusações. “Foi um depoimento absolutamente estarrecedor, com detalhes que não estão na revista, com provas materiais inegáveis contra o ministro e o ministério”.
Para a oposição, a ida do ministro à Câmara antes do depoimento do denunciante foi uma estratégia “para garantir palanque e plateia”. A oposição apresentou um requerimento para que Ferreira seja ouvido pelos parlamentares. O pedido deve ser avaliado amanhã (19) durante reunião deliberativa das comissões.
Amanhã (19), Orlando Silva deve ir ao Senado continuar a maratona de explicações sobre as denúncias. Será a terceira vez que o ministro irá a público para tentar esclarecer as acusações desde que voltou de Guadalajara, no México, no domingo (16), onde estão sendo disputados os Jogos Pan-Americanos.
Edição: Rivadavia Severo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Em depoimento de mais três horas, o ministro do Esporte, Orlando Silva, voltou a negar hoje (18) as acusações de desvio de recursos do ministério. O ministro foi ouvido em audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
Em denúncia publicada pela revista Veja no último sábado, o policial militar João Dias Ferreira denunciou um esquema de corrupção no Programa Segundo Tempo, que repassa recursos para incentivar a prática de esportes entre crianças de baixa renda. Segundo a denúncia, o próprio ministro teria recebido dinheiro desviado do programa, em troca da liberação de recursos para uma organização não governamental.
Silva negou as acusações e repetiu que não há provas de seu envolvimento no suposto esquema de corrupção. “O fato gravíssimo é que uma revista nacional disse que o ministro recebeu recurso público de desvio e até agora não mostrou nenhuma prova”, disse, em entrevista, após a audiência.
O ministro disse que a acusação sem provas é um “tribunal de exceção”. “Nego peremptoriamente. Não houve, nem haverá provas contra mim. Também repudio a informação de que haja esquema de caixa 2 para o meu partido. Repudio as duas denúncias”.
Orlando Silva enfatizou que pediu à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que investiguem as denúncias. “Coloquei meus sigilos fiscal, bancário e telefônico à disposição”.
Durante o depoimento, o ministro defendeu a gestão do Programa Segundo Tempo, disse que os contratos sob suspeita de irregularidades já estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas da União e desqualificou o delator. “Quem fez a acusação? Trata-se de um desqualificado, um criminoso, uma pessoa que foi presa, uma fonte bandida”.
Enquanto o ministro prestava esclarecimentos na Câmara, líderes da oposição se reuniram com Ferreira na liderança do PSDB no Senado. De acordo com o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), o delator acrescentou detalhes à denúncia e disse que está disposto a ir à Câmara confirmar as acusações. “Foi um depoimento absolutamente estarrecedor, com detalhes que não estão na revista, com provas materiais inegáveis contra o ministro e o ministério”.
Para a oposição, a ida do ministro à Câmara antes do depoimento do denunciante foi uma estratégia “para garantir palanque e plateia”. A oposição apresentou um requerimento para que Ferreira seja ouvido pelos parlamentares. O pedido deve ser avaliado amanhã (19) durante reunião deliberativa das comissões.
Amanhã (19), Orlando Silva deve ir ao Senado continuar a maratona de explicações sobre as denúncias. Será a terceira vez que o ministro irá a público para tentar esclarecer as acusações desde que voltou de Guadalajara, no México, no domingo (16), onde estão sendo disputados os Jogos Pan-Americanos.
Edição: Rivadavia Severo
Nenhum comentário:
Postar um comentário