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13 de nov. de 2011

NASA desenvolve material super-negro

Redação do Site Inovação Tecnológica
NASA desenvolve material super-negro
Uma seção da cobertura do material foi retirada para que se possa visualizar o alinhamento vertical dos nanotubos de carbono. A cor cinza é falsa - caso contrário, tudo o que se veria seria um belo retângulo escuro.[Imagem: Stephanie Getty, NASA Goddard]
Absorvedor de radiação
Engenheiros da NASA criaram um novo material capaz de absorver mais de 99% da luz que o atinge.
Embora já existam materiais artificiais capazes de absorver até 99,9% da luz visível, este novo material absorve não apenas a luz visível, mas também a ultravioleta, a infravermelha e a infravermelha distante.
O material é resultado da deposição de nanotubos de carbono sobre uma pastilha de silício.
Quando a luz atinge o material, ela é aprisionada pelos pequenos nanotubos. Usando nanotubos de paredes múltiplas - com várias camadas de carbono - os cientistas conseguiram que vários comprimentos de onda fossem aprisionados.
"Os testes de reflectância mostraram que nossa equipe aumentou em 50 vezes a capacidade de absorção do material," disse John Hagopian, coordenador do grupo.
Aplicações em astronomia e meio ambiente
Os testes também revelaram que o novo material super absorvente terá grande utilidade em aplicações espaciais, sobretudo nos sensores de telescópios que precisem observar a luz vinda do espaço em vários comprimentos de onda.
Ele poderá ser usado, por exemplo, para eliminar brilhos indesejados, capturando a luz de fundo para evitar que ela reflita e interfira com a luz que os cientistas estejam tentando medir.
Esta alta capacidade de absorção permitirá a observação de objetos tão distantes no universo que os astrônomos não conseguem vê-los em luz visível, ou aqueles em áreas de alto contraste, incluindo planetas orbitando outras estrelas.
Hagopian afirma que haverá usos também aqui na Terra, em estudos sobre os oceanos ou a atmosfera. Mais de 90% da luz que chega aos instrumentos de monitoramento ambiental vem da atmosfera, poluindo o fraco sinal em que os cientistas estão interessados.
Como o material não reflete virtualmente nenhuma luz, ele parece totalmente escuro não apenas aos olhos humanos, mas também a vários sensores usados em astronomia e em outras aplicações.

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