Gerson Camarotti/Agência Globo - Dois meses depois da demissão de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, a falta de consenso no partido para indicar um sucessor é que estaria impedindo a nomeação de um novo ministro. Nesta terça-feira, o próprio Lupi, presidente nacional do PDT, estava de plantão em Brasília para uma eventual convocação. Mas emissários do Palácio do Planalto já avisaram ao PDT que antes disso, o partido precisa estar unificado. O novo líder da bancada, deputado André Figueiredo (PDT-CE), ressaltou que já é tempo de fazer uma definição sobre o Ministério do Trabalho. Ele disse que o nome mais forte no partido é do secretário-geral do PDT, Manoel Dias, a despeito de o preferido de Dilma ser o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). Segundo novo líder, o nome de Vieira da Cunha será encaminhado ao Planalto, mas ele ressalva que há resistências ao gaúcho em setores da bancada. O próprio Manoel Dias reconhece o apoio da bancada, mas, cauteloso, diz que o partido aguarda a posição da presidente Dilma: - Estamos aguardando um chamado da presidente Dilma. Tenho apoio de 90% do partido. Mas essa decisão cabe à presidente.
Josias de Souza - Ainda desatendidos no rateio dos ministérios, o PR e o PDT criaram um embaraço para Dilma Rousseff já na primeira votação de 2012. Associaram-se ao PSDB, para travar a análise do projeto que cria o Funpresp, fundo de previdência complementar dos servidores públicos. Dilma elegeu essa proposta como prioridade zero do ano. Quanto ao PDT, parte da aversão ao projeto do Funpresp é atribuída a convicções doutrinárias. Outra parte se deve à demora de Dilma em definir o nome substituto de Carlos Lupi, o grão-pedetê que foi ejetado da poltrona de ministro do Trabalho envolto em bruma de variadas suspeições. Enquanto isso, fica pendente de solução a encrenca da aposentadoria do funcionalismo
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