Na próxima segunda-feira, as duas sondas gêmeas que estão na órbita
lunar serão arremessadas contra o topo de uma montanha, marcando
o fim de uma missão de 12 meses ao redor do nosso satélite.
O impacto será fulminante e ocorrerá próximo ao polo norte da Lua.
Hora do Impacto
A primeira sonda a se chocar contra a Lua será Ebb, com o impacto previsto
para acontecer às 20:28:40 BRST (hora brasileira de verão)
da segunda-feira, 17 de dezembro. A sonda Flow atingirá a Lua 20
segundos depois. Ambos os impactos ocorrerão próximos à cratera
chamada Goldschmidt.
Ultimo Experimento
De acordo com o JPL, laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa,
antes do impacto final as naves realizarão um último experimento,
que fará seus foguetes serem acionados pela última vez até que o
combustível dos tanques seja esgotado. O objetivo será validar os
modelos de previsão de gasto de combustível, melhorando a
confiabilidade das previsões de consumo para futuras missões.
Esta não é a primeira vez que uma sonda se choca contra a
Lua. Em junho de 2009 a sonda Kaguya impactou contra o
hemisfério sul do nosso satélite e em outubro do mesmo
ano foi a vez da nave estadunidense LCROSS fazer o mesmo.
Antes disso, em setembro de 2006 a nave europeia Smart-1 também
fez o mesmo, atingindo uma cratera de 150 km de diâmetro, localizada no
hemisfério sul da Lua.
Artes: Animação feita pelo JPL mostra como será o impacto
das sondas Flow e Ebb contra superfície da Lua. Crédito:
Nasa/JPL, Apolo11.com.
As duas sondas, batizadas de Flow e Ebb (Fluxo e Refluxo)
foram lançadas em 1 de janeiro de 2012 como parte da
missão GRAIL (Gravity Recovery and Interior Laboratory)
que elaborou o mais detalhado mapa gravitacional do nosso
satélite.
"Está sendo muito difícil dizer adeus às nossos pequenos
robôs gêmeos", disse a cientista Maria Zuber, principal
investigadora para os dados da missão junto ao Instituto
de Tecnologia de Massachusetts, MIT.
As duas sondas serão destruídas propositadamente, já que
sua baixa altitude e o baixo nível de combustível impedem
a continuação das operações científicas.
Como a quantidade exata de combustível remanescente
nos tanques é desconhecida, os engenheiros do JPL
optaram por fazer uma descida gradual que poderá levar
diversas horas, com a nave "raspando" a superfície
da Lua até atingir um terreno mais elevado ou uma
montanha próxima ao local planejado.
Ainda segundo o JPL, durante o impacto não haverá
geração de imagens, uma vez que a região do
alvo estará mergulhada na sombra.
Outros Impactos
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