Todos os guias de humanidades, os
elevados instrutores de mundos, sabem e
conhecem o terrível processo da Eterna
Lei, uma vez haja sido ultrapassado o vencimento do prazo, o limite e a hora,
após imensos períodos de impassível, serena e imperturbável espera.
Tão-só uma infinita torrente de Amor Divino
podia transmudar o tremendo cataclisma das almas embrutecidas no mal, das
inteligências perturbadas pelo crime, pelo ódio ou pela satisfação implacável
do pecado.
Apenas um fragmento, uma centelha da
Divindade, desprendendo-se do Grande-Todo-Universal e descendo para a miséria
humana como uma estrela a um lodaçal, podia operar a estupenda transmutação das
formidáveis correntes de aniquilamento, prontas a se descarregarem sobre a humanidade
de Terra. E, com efeito, essa centelha da Divindade desprendeu-se da sua Eterna
Vestimenta de Luz para arrastar consigo, como um radiante fluxo, a irresistível
corrente do Amor Criador e Vivificador, pelo impulso do qual surgem sistemas de
planetas, miríades de sóis e de estrelas, milhares de universos compostos de
milhões de mundos.
Como uma centelha, um florão da Divindade não haveria de salvar os
pequenos mundos de sua iminente ruína que, da mesma forma como a Terra,
reclamavam o beijo do Amor Eterno para não serem aniquilados?
Por isto, os essênios não esperavam um Messias Rei de Israel, mas a
encarnação do próprio Criador, um resplendor da Luz incriada, um reflexo da Suprema Justiça, uma alento vivo
do Amor soberano: um Deus feito homem.
Tal é o mistério do Verbo feito
carne, sobre quais os filósofos de todas as tendências ideológicas encheram
bibliotecas e mais bibliotecas, sem haver chegado ainda a se fazerem
compreender pela Humanidade.
A
palavra de bronze e de fogo do Cristo ‘’Deus dá sua Luz aos humildes e a recusa
aos soberanos’’ cumpre-se através dos séculos e das idades. Foi esta a razão
pela qual os grandes doutores de Israel, folheando volumes e mais volumes, em
suas faustosas estantes de ébano e de nácar, ou sob dosséis de púrpura no
Templo de Jerusalém, não puderam compreender nem assimilar a magnífica e
luminosa verdade que os Essênios, em suas cavernas de rocha ou disseminados em
choças de artesãos ou pastores, haviam visto brilhar como chuva de estrelas,
nos puros e límpidos horizontes em que se desenrolavam suas vidas.
continuá!...
continuá!...
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