Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : DECLARAÇÃO DA CONFERENCIA DA CORRENTE O TRABALHO DO PT

24 de set. de 2013

DECLARAÇÃO DA CONFERENCIA DA CORRENTE O TRABALHO DO PT




Colaborador Roberto Luque - 7 e 8 de setembro de 2013

AOS TRABALHADORES E JOVENS
Neste momento, em que o governo dos EUA ameaça uma intervenção
 militar violando a soberania nacional da Síria, na mesma política 
de guerra e pilhagem que está por trás da espionagem que no Brasil mira
 o petróleo do pré-sal, nós dizemos: não à intervenção na Síria, não ao 
leilão de Libra!
Neste momento, em que o STF vai concluir a Ação Penal 470 que 
condena o PT como a exceção, quando o caixa dois é a regra geral
 dos partidos corrompidos com os quais o PT se aliou no "balcão de 
negócios" do presidencialismo de coalizão do Congresso, nós 
dizemos: não aceitamos! Cabe aos filiados do partido julgar essa política. 
Defesa do PT e de seus dirigentes! 
Neste momento, em que no Congresso Nacional, o PMDB, o PSDB e outros 
partidos patronais, querem aprovar o PL 4330 da terceirização-precarização, 
para ampliar a exploração desenfreada dos trabalhadores, nós dizemos com
 a CUT: abaixo o PL 4330!
Nesse momento, em que os petistas se perguntam o que fazer frente
 à nova situação aberta no país, nós dizemos: é preciso mudanças na
 política do governo e no partido!

QUAL A SAÍDA, NESSA SITUAÇÃO? 
“O Trabalho” não tem interesses distintos do conjunto dos 
trabalhadores, e submete ao debate as suas conclusões.
Os milhões que em junho saíram às ruas por transporte, saúde
 e educação, revelaram um fosso entre o povo e as instituições –
 o Judiciário, os Governos e os Legislativos, sobretudo o Congresso 
Nacional –, instituições merecidamente abaladas. A surpresa foi geral,
 mas maior na cúpula do PT que tratava as poucas melhorias até então
 obtidas, na verdade, duras conquista sociais do povo trabalhador, como 
se fossem benesses da coalizão de governo.
Aliás, nas ruas, o anti-partidarismo só ganhou espaço pela frustração
 acumulada em 10 anos do PT no governo convivendo com as 
instituições, sem mudanças no Estado. E como negar que a passividade 
da cúpula do PT na AP 470 facilitou as manipulações?
Mas a força das massas nas ruas conquistou a redução das tarifas de 
transporte. E levantou as demandas acumuladas por serviços
 públicos, em contradição com a política de superávit fiscal primário, 
imposta pelo FMI há quase 20 anos, a fim de canalizar o Orçamento no
 pagamento da divida aos banqueiros.
Essas reivindicações exigem uma Constituinte Soberana para reformar 
o Estado de cabo a rabo, e abrir caminho às aspirações mais profundas
 de justiça social – a reforma agrária, a reestatização das empresas 
privatizadas e 100% do petróleo para a Petrobras.
A presidente Dilma foi à TV propor um plebiscito para uma Constituinte
 especifica para fazer a reforma política, o que abria a discussão, mas 
recuou diante da sabotagem do vice-presidente Temer, apoiado
 pelo STF e a oposição. 
Lamentável, e com eles se alinharam a Força Sindical e a Conlutas.
Hoje, a reforma política é cozinhada no Congresso do PMDB. 
No entanto, a única resposta às ruas é dar a palavra ao povo! Com 
esse Congresso não dá! Mais do que nunca: Plebiscito por uma 
Constituinte para fazer a reforma política!

QUE POLÍTICA PARA O PT?
Em 10 de novembro, milhares de filiados do PT votarão no Processo
 de Eleições Diretas (PED), com muitos dos vícios que o PT denuncia
 nas eleições brasileiras.
Nós, que defendemos a volta aos Encontros de delegados eleitos na base 
com o fim do PED, nos lançamos na disputa nesse terreno adverso.
 Apoiamos a chapa “Constituinte, por Terra, Trabalho e Soberania”,
 chapa nacional 210 com Markus Sokol presidente 110, e mais 12
 chapas e presidentes estaduais. Queremos ajudar os petistas a se 
reapropriar do PT para cumprir o papel para o qual foi fundado,
 defender o trabalhador.
Sim, porque o PT não foi criado para desonerar a folha de pagamentos
 para os patrões, nem para aumentar os juros, muito menos para 
concessões de aeroportos e estradas, ou leilões como o do campo de 
Libra no pré-sal!
Ao contrário, o PT deve defender o desdobramento do passo de Dilma 
em resposta às ruas, com o “Mais Médicos” – saúde pública com 
investimentos na rede básica,plano de carreira federal, estatização 
de leitos e revogação das Organizações Sociais. Da mesma forma, 
defender os R$ 74 bi-lhões da mobilidade urbana dos Estados e
 municípios, estatizando os transportes, bem como defender os recursos 
do fundo social do pré-sal para a educação pública.
É preciso acabar com o superávit primário e romper com a subordinação
 do Brasil ao imperialismo. Um Brasil soberano não pede apoiar
 a intervenção na Síria, com ONU ou sem ONU. Afinal, a manipulação da 
ONU pelas potências imperialistas não justifica a intervenção. Menos
 ainda no Haiti, se justifica, 9 anos depois, a participação brasileira nas 
tropas de ocupação! Para a reeleição de Dilma em 2014, é preciso,
 desde já, tomar medidas de governo, como cancelar a visita a Obama e 
suspender o leilão de Libra, que ajudem a construir a força social de
 mudança. 
Uma força apoiada em candidaturas próprias do PT nos Estados, com
 base numa plataforma social e nacional, e alianças com o PCdoB 
e setores populares de partidos como PSB e PDT. Chega de “aliança 
nacional” com os sabotadores da cúpula do PMDB, tanto no 1º turno 
como no 2º turno!
Concluindo, dirigimo-nos em particular aos 2600 petistas agrupados 
conosco nas chapas estaduais “Constituinte, por Terra Trabalho e 
Soberania”, para dizer-lhes: 
A hora é agora! Podem pagar cem mil boletos, mas não podem 
comprar cem mil consciências! Vamos à luta, visitar filiados e 
discutir, a situação é favorável, a vitória será nossa!

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