À espera de ser preso, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) parece debochar da Justiça. Condenado no julgamento do mensalão, mas aguardando o mandado de prisão ser assinado, Cunha almoçou com militantes no gramado do Supremo Tribunal Federal. Enquanto comia seu prato de arroz, feijão e carne com batatas e mandioca e salada de tomates do lado de fora, os ministros retomavam as atividades lá dentro. E nesta volta ao trabalho, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, pode mandar a carta sentença e prendê-lo a qualquer momento.
Desde novembro, cerca de 15 barracas de militantes que protestam contra as condenações de petistas enfeiam a Esplanada. “Tudo que tiver a nosso alcance, nós vamos utilizar, quer seja a revisão quer seja a busca em organismos internacionais – que se não for para rever, pelo menos que seja para tomar conhecimento de que houve uma injustiça no Brasil, um processo completamente permeado pela disputa política”, declarou Cunha que pede ‘correção’ da pena de 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Cunha também afirmou que o julgamento no STF foi uma farsa e que pretende deixar o presídio durante o dia para trabalhar. Ele também disse que ninguém está reparado para ser preso, mas que “essa agonia não vai parar enquanto não se estabelecer a verdade. Então, não é somente através dessas manifestações, mas também da revisão, da busca em organismos internacionais e da própria história que se vai mostrar que isso aqui é uma farsa”, afirmou
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