Hermínia Vieira jornalismo@cearanews7.com.br |
Foto: André Lima. | |
O candidato da Coligação "Ceará de Todos" ao governo, Eunício Oliveira (PMDB), participou na noite desta terça-feira (9), do debate com as três principais entidades médicas cearenses, o Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec), o Conselho Regional de Medicina (Cremec) e a Associação Médica Cearense (AMC), no auditório da Unimed Fortaleza.
Eunício ouviu as principais demandas, recebeu um documento com cinco propostas e prometeu realizar concurso público para 12 mil médicos: carência de médicos, filas de espera para cirurgias e melhores condições de trabalho, foram algumas das reclamações feitas pela categoria.
No documento entregue pela categoria os médicos pedem também concurso público imediato, piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), atualização do Plano de Cargos e Carreiras da categoria, nomeação de médicos para o cargo de diretor técnico dos hospitais e escolha do diretor clínico dos hospitais através de eleição pelo corpo clínico.
Mas os profissionais relataram também outras preocupações. Doutor Carmelo Leão, presidente da AMC, ponderou que o atual governo investiu muito na construção de hospitais, mas essas estruturas não funcionam.
Segundo Eunício, as queixas dos médicos em relação à atual situação da saúde pública, não são diferentes das demandas ouvidas por ele no Interior do Ceará. "É extremamente doloroso o que tenho ouvido. Em Maranguape, uma senhora, com suspeita de câncer, espera há um ano para ser atendida", lamentou.
O presidente do Cremec, Ivan de Moura Fé, relatou que os profissionais estão sobrecarregados e as filas por cirurgias são desumanas, defendendo ser necessário melhorar o acesso à saúde pública. Segundo Eunício, falta gestão, pois voltaram todas as atenções para as construções de prédios e esqueceram do profissional. "Com gestão, diálogo e gente vamos resolver os problemas da saúde”, destacou.
O presidente do Simec, José Maria Pontes, afirmou que a saúde pública vive hoje um momento difícil, em que falta até as mínimas condições de trabalho para os médicos e até mesmo segurança para os plantões.
"Já saí de muitos plantões para fazer um BO (Boletim de Ocorrência) porque não tínhamos segurança", relatou. José Maria fez ainda duas solicitações ao candidato: abertura de diálogo com a categoria, e que o próximo secretário da pasta de Saúde mantenha esse diálogo com a classe médica.
Eunício deixou claro que, se eleito, não pretende se isolar dentro de uma sala, pois sua vida pública foi construída através do diálogo. “Quem escuta mais, também acerta mais”, reforçou. Sobre a indicação de secretários, ele reiterou que irá nomear uma pessoa honesta, que entenda de saúde pública e que seja próxima da categoria.
O peemedebista lembrou ainda que, atualmente, dos nove estados do Nordeste a saúde do Ceará só não é pior do que a Paraíba, um dado preocupante e que merece atenção. “Não se resolve o problema porque falta gestão. Em Acaraú, um hospital de 70 leitos, construído há quatro anos, não funciona”, exemplificou.
Várias perguntas foram feitas pela categoria ao peemedebista. Uma delas questionou sobre a construção de hospitais. Eunício se comprometeu em construir três unidades: em Quixeramobim, em Jaguaribe e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que ajudará a desafogar o hospital Instituto Doutor José Frota (IJF).
O candidato ressaltou, entretanto, que cuidar da saúde pública não é só construir prédios, mas colocá-los para funcionar e que para isso é necessário pensar no custeio e manutenção desses hospitais. O senador lembrou que, no Senado, apresentou uma emenda à PEC do Orçamento Impositivo, ampliando recursos para a saúde no valor de R$ 3,9 bilhões anuais para custeio das atividades.
Respondendo as perguntas dos médicos, Eunício também prometeu fortalecer o curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece), através de um hospital escola; fiscalizar as fronteiras do Estado para barrar o comércio de drogas, em parceria com os estados vizinhos; criar mecanismos de legalizar as condições dos motoqueiros, principalmente no Interior, através de cursos de formação de condutores e campanhas de educação no trânsito.
Fonte: assessoria da coligação "Ceará de todos".
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