Eunício Oliveira defende plebiscito sobre hospital do Vale do Jaguaribe

Anderson Pires jornalismo@cearanews7.com.br

Em encontro com profissionais da saúde no fim da noite desta terça-feira (16), o candidato da coligação “Ceará de Todos” ao Governo do Estado, Eunício Oliveira, defendeu a realização de um plebiscito para definir em qual cidade do Vale do Jaguaribe será construído um dos dois hospitais que ele se compromete em fazer, caso seja eleito.

Aos representantes de bioquímicos, farmacêuticos e fonoaudiólogos no encontro, Eunício disse acreditar que essa será uma das iniciativas para melhorar a forma de atender aos anseios dos cearenses por um sistema de saúde mais eficaz e de qualidade. De acordo com a coligação, a rede do Ceará é considerada pelo Ministério da Saúde a segunda pior do Nordeste. É melhor apenas do que a da Paraíba. Essa avaliação fica atrás até de estados mais pobres, como as do Piauí e do Maranhão.

Com o plebiscito, a possibilidade de qualquer ingerência política fica completamente descartada de acontecer no processo de escolha da cidade-sede do hospital. “A marca da nossa campanha tem sido ouvir as pessoas. O povo está há anos sem ser escutado pelo Governo. Então, se nossa campanha está ouvindo a população, nada mais justo do que o mandato, se dado pela generosidade do eleitor, ser da mesma forma. O hospital vai pra onde o povo quiser que vá”, declarou.

Hospital em Fortaleza

Eunício propõe que o segundo hospital a ser construído seja em Fortaleza, dentro do campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no Itaperi. A unidade terá emergência adulta e pediátrica, servirá como espaço de pesquisa para os estudantes de Medicina da entidade e ajudará a desafogar o Instituto Doutor José Frota (IJF), mantido pela Prefeitura, e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), de competência do Estado.

Tanto IJF quanto HGF vivem superlotados. E a maioria dos pacientes é proveniente do Interior, onde a oferta de serviços de saúde ainda é precária porque o atual Governo preocupou-se apenas em levantar prédios suntuosos e não contratou mão-de-obra, principalmente especializada, para os equipamentos funcionarem com eficiência.

Gestão

No encontro, Eunício reforçou o compromisso de realizar concurso público para a contratação de 12 mil profissionais da saúde. Isso zeraria o déficit do Ceará. “Se o governante não olhar todo dia pra saúde, ele não dá conta de resolver os problemas. O atual Governo fez tudo errado. E as pessoas não estão sendo atendidas. Eu sei que é uma tarefa árdua (...) mas é possível fazer. E eu estou muito incentivado a fazer. Reverter não vai ser fácil. Mas o sentimento da nossa campanha é o da verdade. Não é o da enganação.”

O candidato ouviu dos representantes classistas que existem laboratórios sem receber repasses do Estado há seis meses. E que há três meses o Governo não autoriza a realização de procedimentos para algumas especialidades. Eles também reivindicaram melhorias para o Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará, o Issec.

“Meu projeto é de cuidar de gestão e de gente. Se fizermos isso, vamos melhorar muito a situação da saúde, que hoje tem um secretário que não dá um dia de serviço e vive de destratar as pessoas. O que eu quero fazer não é tarefa para um homem só. Se eu me isolar, é capaz de ficar pior do que está hoje. E o que está hoje é resultado de um Governo que se isolou. Muita coisa avançou no Brasil, mas a saúde no Ceará não reagiu”, declarou o peemedebista.

Promotora do encontro entre os representantes e Eunício no Comitê Central da coligação, a candidata a deputada estadual Dra. Mayra (PSDB) afirmou que os profissionais da saúde querem “um estado que reconheça a saúde como uma verdadeira prioridade do povo cearense, porque as pessoas estão sofrendo e morrendo em hospitais superlotados.” 

* Com informações da coligação "Ceará de Todos"