Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Eunício Oliveira se compromete com o reforço no combate ao narcotráfico

18 de set. de 2014

Eunício Oliveira se compromete com o reforço no combate ao narcotráfico


Anderson Pires
jornalismo@cearanews7.com.br


Um dos setores mais ineficientes do atual Governo e uma das áreas para a qual a população mais exige melhorias é a segurança pública. O candidato pela Coligação “Ceará de Todos”, Eunício Oliveira (governador) anunciou propostas para alterar esse cenário, caso seja eleito. Em visita ao município de Granja na manhã desta quinta-feira (18), ao lado de Roberto Pessoa (vice-governador) e Tasso Jereissati (senador), o peemedebista disse que o fechamento das divisas do Estado será uma das principais medidas de sua gestão para combater o tráfico de drogas.

Em entrevista à imprensa, Eunício afirmou que 90% dos municípios cearenses já apresentam venda e consumo de entorpecentes, motivos importantes para o Ceará ter os elevados índices de criminalidade de hoje em dia. Somente em 2013, mais de 4.300 assassinatos foram registrados no Estado. Neste ano, de janeiro a julho, já foram 2.966 ocorrências.

O Ceará faz divisa com os estados do Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. “As divisas devem ser fechadas para os traficantes. O Ceará não produz droga. Ela vem de fora. Nós vamos fechar as fronteiras pra evitar isso. Temos que ter um programa de combate veemente aos traficantes e, simultaneamente, tratar dos dependentes químicos”, declarou.

GOVERNO ATUAL IGNOROU PEDIDOS
Para a coligação, o fechamento das divisas cearenses com força policial qualificada é reivindicação antiga da sociedade civil, de estudiosos da violência urbana e de deputados estaduais (inclusive de componentes da base do atual governador). Contudo, nunca foi implementado. Projetos chegaram a ser apresentados na Assembleia Legislativa com este teor, mas foram completamente ignorados pelo Palácio da Abolição.

O máximo feito pela Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foi a criação de um batalhão para atuar no Interior. Mas o pequeno efetivo do Comando Tático Rural (Cotar) e problemas estruturais impediram a eficácia da estratégia. “Podiam ter feito parcerias com os outros estados para fecharem as divisas. Mas não fizeram. A arrogância, a falta de diálogo e a má gestão marcam a segurança pública do Ceará. Fazem as coisas sem planejamento, sem ouvirem ninguém”, acrescentou Eunício.

QUALIFICAR O RONDA
Além de fechar as fronteiras, o peemedebista reforçou a proposta de dobrar o efetivo do RAIO e levar a corporação para combater a violência no Interior. Eunício também quer aperfeiçoar o programa Ronda do Quarteirão, criado pelo atual Governo em 2008 e completamente desvirtuado da sua função original de fazer policiamento comunitário, próximo do povo. “Onde o Ronda estiver instalado, nós vamos ampliar. Nós vamos qualificar e unir as polícias, que hoje trabalham isoladamente. A atual política de segurança do Ceará é dramática”, classificou.

Eunício comprometeu-se com a contratação de mais policiais e com a aquisição de equipamentos mais modernos para as investigações, hoje ineficientes, apresentarem índices melhores de elucidação de crimes. Atualmente, menos de 10% dos assassinatos cometidos no Estado têm autoria desvendada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ao lado de Roberto Pessoa e Tasso, Eunício participou de motocarreata e caminhada pelo centro de Granja. Cumprimentou comerciantes e eleitores por quase duas horas. Recebeu o carinho da população, mas também ouviu queixas recorrentes quanto ao abastecimento d’água.

Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os cinco menores do estado, Granja tem localidades que sequer contam com água encanada. Os carros-pipa também não abastecem a todos. Muita gente acaba comprando carradas de mil litros d’água a R$ 20.

CAMOCIM
De Granja, os candidatos seguiram para Camocim, outro município da Região Norte, onde concederam entrevista a um programa de rádio e comentaram o recente escândalo da Petrobras envolvendo o governador Cid Gomes (Pros).

Em depoimento prestado à Polícia Federal, Cid teria sido citado pelo ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa, como suposto membro de um esquema de corrupção e enriquecimento ilícito por contratos da estatal. A denúncia foi feita pela revista Isto É que, por um pedido judicial do governador cearense, ficou proibida de ser comercializada. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), porém, autorizou a volta da publicação às bancas.

Para Eunício, o pedido de Cid é um caso flagrante de censura. “O Brasil se envergonha do que está acontecendo”, afirmou o peemedebista, que também criticou as insinuações do irmão do governador, Ciro Gomes, quanto ao envolvimento da coligação “Ceará de Todos” na veiculação da denúncia pela Isto É.

“Nossa coligação jamais faria uma agressão dessa natureza. O Paulo Roberto depôs em delação premiada. Não cabe a nós esse tipo de ação. Nós queremos é discutir as demandas do Ceará. O irmão do governador devia estar preocupado em promover uma melhor saúde para o Estado. Mas não gosta de trabalhar e passa o dia no Facebook fazendo fofoca.”

Tasso lamentou a exposição do Ceará em um escândalo tão vexatório. “O Ceará voltou às manchetes dos escândalos. Mas pior do que a notícia em si foi usar de armas da Ditadura para calar a imprensa. Não podemos aceitar o abandono ao qual estamos fadados. O Ceará está esquecido pelo Governo”, qualificou.

* Com informações da coligação "Ceará de Todos"

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