A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, classificou a fala do senador José Sarney (PMDB-AP), de “radical” e “raivosa”, nesta quinta-feira, 18, em Vitória. Afirmou que a “velha política” tenta fugir dos problemas ao usar ofensas pessoais. “Não faço parte dessa geração de políticos”, respondeu Marina durante entrevista coletiva.
Marina argumentou que seus adversários estão “desesperados”, “apavorados”, com a possibilidade de o povo brasileiro mostrar que quer mudança. “Nós estamos felizes, animados, em uma pororoca de esperança”, disse a candidata, que justificou querer ser eleita presidente para melhorar a qualidade da gestão governamental no Brasil. Ela disse que continuará com o debate que interessa aos brasileiros, em vez do embate, e mencionou suas propostas: o passe livre estudantil, o destino de 10% da receita bruta da União para a saúde e a antecipação para daqui a quatro anos o prazo para implementar o ensino em tempo integral.
Sobre o dado divulgado hoje pelo IBGE, que mostrou estagnação na distribuição de renda no País, Marina disse que o número confirma o que já era dito por seu companheiro de chapa morto em um acidente aéreo, Eduardo Campos. “Temos uma triste realidade que Eduardo repetia. O Brasil, que vinha em um processo de distribuição de renda, está voltando à concentração”, disse Marina. “A presidente Dilma Rousseff (PT) tem que explicar para a população brasileira porque ela está entregando um País pior do que encontrou”, completou.
Marina voltou a ser questionada sobre as erratas a seu programa de governo e respondeu usando o discurso de que foi um documento elaborado aos moldes da “nova política”, com colaboração da sociedade. “Quem acha que fará plano de governo sozinho é a velha política. A velha política ainda não apresentou plano de governo”, disse ao criticar novamente seus adversários Dilma e o tucano Aécio Neves por não divulgarem seus planos.”Gostaria muito de conhecer o que pensam Dilma e Aécio”, afirmou.
Espírito Santo
Marina foi questionada novamente sobre seus planos para os royalties do petróleo, considerando que o Espírito Santo é um Estado produtor, que perdeu recursos com o novo modelo de distribuição dos royalties. A questão contudo ainda está pendente no Supremo Tribunal Federal. “Nossa proposta é de honrar contratos e de aguardar a decisão da Justiça”, disse Marina.
A candidata disse que sua equipe já conversa também com o governador Renato Casagrande, seu correligionário que concorre à reeleição. Segundo Marina, eles conversam sobre propostas de parceria entre seus eventuais governos, na esfera federal e estadual, para implementar projetos nas áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura. (Ana Fernandes/Agência Estado)
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