Tratado como se fosse inimputável, longe do alcance da Lei, o ex-presidente Lula se recusa há sete meses atender a “convite” da Polícia Federal para prestar depoimento nas investigações instauradas a partir da denúncia do operador condenado no mensalão, Marcos Valério de Souza, que o acusou de verdadeiramente chefiar o esquema de corrupção e compra de votos durante seu governo. Nem por isso o convite foi transformado em intimação.
Lula foi “convidado a ajudar” na apuração em fevereiro deste ano, muito embora seja o principal acusado nos depoimentos de Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão. Segundo a Folha, que publica a notícia em sua edição desta quarta-feira, Lula ignora o “convite” da PF porque teme que o depoimento vaze para a imprensa e seja explorado politicamente – como ele próprio o fez, quando adversários foram intimados, e não apenas “convidados”, a prestar depoimentos.
Segundo o jornal, a delegada Andrea Pinho, que apura em Brasília as denúncias de Marcos Valério sobre o envolvimento do ex-presidente no mensalão, negocia um encontro com Lula, sem sucesso, desde fevereiro. Apesar da recusa em “ajudar” no esclarecimento de denúncias contra ele mesmo, Lula não correria o risco de ser intimado a depor porque, “na avaliação interna, tal medida seria exagerada”.
Há dois anos, em setembro de 2012, Marcos Valério prestou novas declarações à Procuradoria-Geral da República na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas. fonte Diário do Poder
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