Maurício Moreira jornalismo@cearanews7.com.br |
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou, em entrevista ao Jornal Estado de São Paulo, que o governo pretende substituir o fator previdenciário pela fórmula 85/95, que prevê a aposentadoria de mulheres ao chegarem, somando idade e tempo de serviço, 85 anos de homens, 95.
"O fator previdenciário é ruim, porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias, agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso", explica Gabas.
O ministro diz não ser necessária uma reforma na Previdência, porém alguns ajustes são necessários, já que a expectativa de vida do brasileiro é de 84 anos e a idade média de aposentadoria é de 54. "O cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente".
A medida, ao não utilizar uma idade mínima, segundo o ministro, beneficia os trabalhadores mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo e, com isso, alcançariam a soma mais cedo, e evita que trabalhadores de famílias mais abastadas, que começam a trabalhar mais tarde, possam se beneficiar da aposentadoria muito cedo.
Medidas impopulares
O ministro também revelou que espera contar com a "grandeza" do deputado Eduardo Cunha (PMDB) presidente da Câmara, para que a aprovação das medidas não seja usada como barganha no Congresso.
Porém o PMDB, que não está muito contente com os rumos tomados pela presidenta Dilma Rousseff (PT) nesse início de segunda mandato, não vem se mostrando estar muito disposto a endossar medidas impopulares.
Gabas está encarregado de discutir com as centrais e com os parlamentares o pacote de aperto aos beneficiários sociais, incluindo seguro-desemprego e abono salarial.
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