Da Coluna Fábio Campos, no O POVO deste domingo (12):
Durante quase todo o mandato de Cid Gomes, a situação financeira do Ceará era tão propícia que o Estado alcançava o impressionante patamar de quarto estado com maior investimento público do País. Ficava atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e, às vezes, Minas Gerais. Se a conta fosse feita proporcionalmente ao tamanho da população, o Ceará chegava a ser o primeiro no ranking nacional do investimento público. Daí as Hilux, o Acquario, os hospitais, o Centro de Eventos, os shows milionários…
Cid conseguiu isso com o incremento da arrecadação, mas, principalmente, com a excelente articulação política mantida em Brasília, que bancou parte das obras. O quadro da economia mudou radicalmente. A capacidade de investimento público caiu vertiginosamente. Sem dinheiro, a pauta do aperto e das concessões se impôs.
Em entrevista ao programa Jogo Político, que vai ao ar neste domingo (12), a partir das 22 horas, na TV O POVO, o secretário da Fazenda, Mauro Filho, explica como anda a situação financeira do Ceará. Afirma que o Estado está conseguindo manter o equilíbrio, mas deixa antever que pode haver problemas no futuro se a economia não oferecer sinais de recuperação.
Mauro Filho revela que pelo menos dez estados brasileiros já estão com grandes dificuldades de pagar a folha de servidores. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Alagoas, Sergipe e Pará foram citados. Sobre Minas Gerais, o secretário foi taxativo: “Está quebrado”.
Ao comentar sobre o imenso custeio da saúde no Ceará, Mauro surpreendeu ao afirmar que há um componente na crise do setor que até então nunca foi admitido pela cúpula do Governo. “A crise é de gestão”, disse o secretário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário