Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : PETROLÃO SEGUNDO O FILHO DE CERVERÓ, DELCÍDIO CITOU DILMA: VAI AGIR O SENADOR AINDA SUGERIU CONTATO COM RENAN CALHEIROS E EDISON LOBÃO

10 de dez. de 2015

PETROLÃO SEGUNDO O FILHO DE CERVERÓ, DELCÍDIO CITOU DILMA: VAI AGIR O SENADOR AINDA SUGERIU CONTATO COM RENAN CALHEIROS E EDISON LOBÃO

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 19 de novembro, o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, afirmou que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse que Dilma interviria por seu pai. “Dilma vai agir. Não sei se por filantropia ou porque a água chegou no pescoço”, teria dito o ex-líder do Governo.
Após ser preso, Delcídio afirmou à Polícia Federal que prometeu ajuda a Bernardo Cerveró apenas ‘por questões humanitárias’. No entanto, Bernardo credita ao senador o valor de R$ 50 mil em dinheiro vivo recebido em um escritório de advocacia no Rio.
“O senador percebeu que o depoente estava constrangido e filtrava informações; que o senador procurou ‘quebrar o gelo’, dizendo coisas como ‘pode falar’, ‘você está entre amigos'; que o senador perguntou se ajuda ‘estava chegando’, dando a entender que os envios de dinheiro eram periódicos, e não consistirem em uma única remessa, que fora tudo o que o depoente recebera até então; que isso levou o depoente a se indagar se Edson Ribeiro (ex-defensor de Cerveró) estaria embolsando algum valor; que o senador prometeu, durante toda a reunião, movimentação política, recordando-se o depoente de ele ter dito que “Dilma vai agir, não sei se por filantropia ou porque a água chegou no pescoço”, revela uma das páginas do depoimento. “O filho de Cerveró disse que ‘teve a impressão de que esse comentário era um blefe do senador’”.
Bernardo gravou uma das reuniões com Delcídio em um hotel em Brasília, realizada no dia 4 de novembro. Seis dias depois do depoimento de Bernardo, o STF mandou prender Delcídio, sob suspeitar de tentar barrar a Lava Jato e tramar a fuga de Nestor Cerveró, que supostamente seria financiada pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que também foi detido.
Em um dos encontros, Delcídio teria sugerido ao filho de Cerveró que buscasse apoio de dois senadores do PMDB. “O depoente confirma; que, na reunião, o senador Delcídio Amaral prometeu movimentar-se politicamente para ajudar Nestor Cerveró e sugeriu que a família também procurasse Renan Calheiros e Edison Lobão, porque Nestor Cerveró teria ‘trabalhado com essas pessoas'; que, indagado sobre como, concretamente, Delcídio Amaral prometeu movimentação política, o depoente explica que o senador disse que ‘tinha entrada no Supremo’, ‘esteve com Dilma’, ‘esteve com lideranças’, sempre procurando sinalizar que poderia haver uma melhoria da situação de Nestor Cerveró a partir desses contatos políticos.”
Segundo depoimento de Bernanrdo, ele “tinha a impressão de que 95% dos comentários sobre movimentação política eram blefes, mas 5% podiam
ser reais; que a impressão do depoente de que nem toda promessa do senador era falsa se devia ao fato de que o senador efetivamente estava envolvido em atos de corrupção na Petrobras e tinha interesse em evitar que Nestor Cerveró e Fernando Baiano dissessem o que sabiam à Polícia e ao Ministério Público”.

Como revelou o Diário do Poder, na última terça, 8, o senador se revelou disposto a fazer delação premiada. Ele contratou o advogado Figueiredo Basto, notório defensor de delatores.

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