A Polícia Civil do Distrito Federal decidiu retirar todas as equipes que faziam segurança das delegações olímpicas. A ação se deve à fala da secretária de Segurança Pública do DF, Márcia de Alencar, que disse que a PCDF não faria falta na escolta.
Em duas reuniões, no início da semana, a titular da pasta disse que agentes e delegados não fariam falta no trabalho de segurança dos Jogos Olímpicos porque essa atribuição seria da Polícia Militar. Como consequência, agentes do Departamento de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA) se retiraram ontem do trabalho nos hotéis onde estão alojadas as delegações estrangeiras que vieram para as partidas de futebol.
As equipes de policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE) estavam responsáveis pela escolta dos atletas das representações internacionais do Iraque, África do Sul e Dinamarca.
O movimento de paralisação começou às 8h desta quinta, 4 de agosto, e terá a adesão de todos os cargos da PCDF, como delegados, peritos e papiloscopistas. Todos os serviços estarão suspensos nesse período.
Os policiais da DOE vão deixar as instalações do Hotel Royal Tulip, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, às margens do Lago Paranoá, onde aquelas seleções estarão hospedadas, ainda nesta manhã. Nos próximos dias, chegarão ao hotel as equipes femininas de futebol daqueles mesmos países, além das equipes da Alemanha e das demais que passarem às futuras fases do torneio de futebol nas Olímpiadas.
O grupo é responsável por ficar de prontidão por 24 horas, principalmente para agir no caso de um ataque terrorista. A maioria dos policiais civis escalados para essa função é especializada em contra-terror.
Ainda nesta quinta os policiais civis realizam uma manifestação nas imediações do Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ocorre a partida entre Brasil e África do Sul. Eles vão se concentrar na Administração do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, a partir do meio-dia.
Sobre a retirada da escola dos policiais às delegações, a Direção-Geral da Polícia Civil está reunida na manhã desta quinta para tentar entrar em um consenso.
"É surpreendente que uma integrante do Governo e chefe do sistema de segurança pública do DF demonstre destacado menosprezo aos quadros de servidores de uma instituição vinculada à pasta que dirige", disse o Sindicato dos Delegados em nota de repúdio sobre a fala da secretária Márcia.
A SSP disse, em nota, que os policiais civis que faziam a escolta das seleções serão substituídos por policiais militares. "A escolta das delegações olímpicas é feita por batedores da Polícia Militar, como já havia sido definido nos protocolos da Operação Olimpíadas".
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