É oficial: a greve anual dos bancários já faz parte do calendário de folgas da categoria, para além das férias regulamentares previstas na legislação. Mais uma vez, ao negociar o fim da paralisação, os bancos concordaram em pagar os dias parados, como se os bancários tivessem trabalhado normalmente. Virou “férias remuneradas”, como certa vez definiu o então presidente Lula, referindo-se às greves de servidores públicos. Os prejuízos ficaram por conta apenas dos clientes dos bancos, principalmente trabalhadores demitidos que não puderam sacar seu FGTS, na Caixa.
Os funcionários dos bancos privados e do Banco do Brasil decidiram pelo fim da greve e voltam ao trabalho nesta sexta-feira (7) após 31 dias de greve. Ou seja, um mês de folga. Os bancários da Caixa, cujos sindicalistas são os mais radicais, até porque têm estabilidade no emprego, decidiram manter a paralisação no Rio de Janeiro, em Pernambuco e São Paulo, onde a influência do PT nos sindicatos é ainda mais forte do que nos demais estados.
O movimento cumpriu o objetivo de assegurar o mês de folga e começou a perder força após a realização das eleições. Sindicatos de bancários de todo o Pais, controlados pelo PT, radicalizou o movimento como parte de uma “mobilização nacional” que tentava paralisar o Pais, após a posse do presidente Michel Temer. Com o fracasso petista nas urnas, o movimento perdeu sentido.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de acordo com validade de dois anos, no qual, em 2016, a categoria vai receber reajuste de 8% e abono de R$3.500; o vale-refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale-alimentação em 15%; em 2017, haverá a correção integral da inflação acumulada, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
A extensão da licença paternidade subirá para 20 dias entrará na Convenção Coletiva de Trabalho, com validade a partir da definição do benefício fiscal pelo governo, informou o sindicato.
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