Semanalmente, todas as sextas-feiras, a advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, recebia em seu escritório, no Centro do Rio de Janeiro, uma mochila cheia de dinheiro. Os valores variavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. De acordo com a força tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Rio, esse dinheiro era de propinas pagas à organização criminosa que seria comandada por Sérgio Cabral. Adriana Ancelmo foi presa, nesta terça (6), por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do RJ.
Os esclarecimentos foram possíveis a partir do depoimento da secretária de Adriana e de fotos obtidas na portaria do prédio onde está localizado o escritório. No local, há fotografias de Luiz Carlos Bezerra. Segundo os investigadores, Carlos Bezerra como é conhecido, era o responsável por recolher a propina junto às empreiteiras , além de estar envolvido no esquema de lavagem de dinheiro junto a joalherias.
O dinheiro da propina entregue à Adriana Ancelmo era usado para pagar as contas do cartão de crédito da ex-primeira-dama ou repassado para os familiares de Adriana ou de Sérgio Cabral. Os investigadores obtiveram o registro de, pelo menos, 19 visitas de Bezerra a Adriana Ancelmo. Além de 98 contatos telefônicos entre eles
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