Wesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou em delação premiada que o grupo recebeu, do governo do Ceará, em agosto de 2014, o valor de R$ 97.519.723 em restituição de créditos de ICMS, em troca de R$ 20 milhões.
Segundo Batista, em 2014, o então governado Cid Gomes (PDT) foi até a sede da JBS, em São Paulo, em busca do apoio financeiro de R$ 20 milhões para a campanha ao governo do Ceará de Camilo Sobreira Santana (PT). Porém, o empresário disse que o estado do Ceará, devia à JBS, R$ 110.404.703,61 em restituição de créditos de ICMS, fato que dificultava a contribuição.
Duas semanas depois, o deputado federal Antonio Balhmann (PROS-CE) e o secretário do Estado do Ceará, Arildo Pinho, procuraram Wesley, e apresentaram a proposta de barganha, em troca do dinheiro para a campanha, seriam liberados os créditos do ICMS.
De acordo com a delação do executivo, a proposta foi aceita e do total dos R$ 20 milhões, R$ 9,8 milhões eram para a “propina na forma de pagamento de notas emitidas contra a JBS sem contrapartida em prestação de serviços”. O restante, R$ 10,2 milhões foram a “propina dissimulada sob forma de doação oficial”.
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