Documentos comprovando mais de 20 reuniões e viagens do ex-presidente da Lula com diretores da Petrobras foram apresentados pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato ao juiz Sérgio Moro. Entre os documentos estão cópias eletrônicas de registros de, pelo menos, 27 encontros e viagens entre Lula e diretores da estatal, como Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada e Renato Duque. As reuniões ocorreram entre os anos de 2003 e 2010.
Os documentos foram anexados ao processo em que Lula é réu na Justiça Federal do Paraná. O ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propina da empreiteira OAS, de forma dissimulada, como a reforma do tríplex-propina do Guarujá,. Em troca, a empresa seria beneficiada em contratos com a Petrobras.
Em defesa do acusado, o advogado Cristiano Zanin Martins, queixa-se de que isso "somente servem para provar que seus membros [do MPF] têm acesso irrestrito a documentos da Petrobras, ao contrário da defesa do ex-presidente”.
Durante seu interrogatório, ao ser questionado sobre a atuação de ex-diretores da estatal, Lula disse que ninguém foi mais à Petrobras do que ele e que isso aconteceu após a descoberta do pré-sal. Depois, afirmou que, nos oito anos em que ficou na presidência, teve apenas dois momentos com a diretoria da estatal: um sobre o pré-sal e outro para definição de projeto estratégico. Ele disse também que o presidente da república não participa do dia a dia da estatal
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