Qui, 25 de Novembro de 2010 11:57 | |||||
Em 20 anos, entre 1990 e 2010, o Ceará registrou 43 óbitos em consequência da raiva humana. Em 15 desses casos, 34,8% do total, a transmissão da doença foi feita por animais silvestres, 11 por sagui (soim). Foi o mesmo animal que transmitiu a raiva para o paciente de 11 anos, natural do município de Ipu, internado desde segunda-feira, 22 de novembro, no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), que aguarda a confirmação do diagnóstico com a chegada do resultado do exame do material enviado para o Instituto Pasteur, em São Paulo.As agressões de animais silvestres a humanos são classificadas como acidentes graves pelo Ministério da Saúde. Nos últimos cinco anos, ocorreram duas mortes por raiva em consequência de agressões por sagui no Ceará, nos municípios de São Luis do Curu, em 2005, e Camocim, em 2008. Nesse mesmo período (2005-2010), de 115 amostras de saguis enviadas pelos municípios ao Núcleo de Vetores da Secretaria da Saúde do Estado (Nuvet) para o diagnóstico da raiva, 10 foram positivas para a doença. No mapa de risco do Nuvet, as microrregiões de saúde com maior circulação do vírus da raiva em animais silvestres são, pela ordem, as de Camocim, Tianguá, Caucaia e Sobral, à qual pertence o município de Ipu.O menino de 11 anos internado no Hospital São José costumava caçar soins na região de mata próximo à Bica do Ipu. Em setembro, numa desas aventuras, foi agredido no rosto com a mordida de um animal. Somente no dia 14 de novembro a família procurou o serviço de saúde, quando os sintomas da raiva começaram a se manifestar. Depois de passar por uma unidade de saúde em Ipu, passou dois dias internado em Sobral, até ser transferido para Fortaleza.A raiva é uma zoonose transmitida pela inoculação do vírus rábico, principalmente por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados. Apesar de sua altíssima letalidade, é uma doença imunoprevenível com um esquema de profilaxia eficaz, quando utilizada de maneira oportuna e correta, com aplicação de imunobiológicos (vacina, soro e imunoglobulina anti-rábica) adquiridos pelo Ministério da Saúde e oferecidos ao público pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Ao ser agredido por animais, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão em abundância e imediatamente procurar assistência médica, pois somente o profissional de saúde poderá realizar avaliação do paciente, e se necessário indicar o tratamento profilático anti-rábico humano. Em casos de agressão por animais silvestres, como os morcegos, macacos, sagüis, raposas, mesmo que ferimentos pequenos, o tratamento profilático anti-rábico humano é imprescindível e deve ser buscado o mais rápido possível. Antes da manifestação dos sintomas, período que varia de alguns dias até um ano, é possível conter a doença com o tratamento adequado.A Vigilância Epidemiológica da microrregião de Sobral já fez o bloqueio sanitário na região de Ipu e iniciou a busca ativa de casos de agressão a humanos por qualquer tipo de animal, em um raio de 12 quilômetros da sede do município. O menino internado no Hospital São José tem dois irmãos e uma irmã, mas segundo a família nenhum deles foi mordido por animal silvestre. As pessoas agredidas por animais serão vacinadas. Na segunda-feira, o Nuvet deslocará para Ipu uma equipe de técnicos que irá fazer o monitoramento viral de animais na região.Com a confirmação do diagnóstico, esse será o segundo caso de raiva humana registrada no Ceará em 2010. Em setembro, no município de Chaval, um homem de 26 anos morreu vítima da doença, contraída depois de receber a mordida de uma cadela infectada. Fonte - Secretaria de Saúde do Estado |
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Última atualização ( Qui, 25 de Novembro de 2010 13:27) |
26 de nov. de 2010
Evite contato com animais silvestres. Soins transmitem raiva .
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