BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff, anunciou na tarde desta sexta-feira, 3, três novos ministros para compor o seu governo. Ela confirmou Antonio Palocci na Casa Civil, Gilberto Carvalho na Secretaria Geral da Presidência e José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça. O anúncio foi feito por meio de comunicado, como ocorreu com a divulgação na semana passada da equipe econômica.
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'A presidenta eleita orientou os futuros ministros a trabalhar de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento a seu programa de desenvolvimento com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica', informou o texto divulgado pela assessoria de imprensa de Dilma.
A expectativa inicial era de que a equipe de transição anunciasse os nomes de mais seis ministros já escolhidos por Dilma. Entre eles estariam os nomes de três ministros indicados pelo PMDB, todos negociados com a cúpula do partido.
Em reunião na noite de quinta-feira, 2, no entanto, o partido concluiu que o ideal seria anunciar o nome de seus ministros em bloco, e não separadamente. Os peemedebistas avaliaram que o anúncio 'fatiado' dos nomes acabaria dando a ideia de enfraquecimento do PMDB.
As indicações seriam a manutenção do atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi (SP), da cota pessoal do vice Michel Temer; o senador Edison Lobão (MA) que voltaria ao Ministério das Minas e Energia, por um acordo com grupo do presidente do Senado, José Sarney (AP); e Nelson Jobim, que também permaneceria no Ministério da Defesa. Jobim, embora do PMDB, teve como padrinho o presidente Lula.
Mais pastas. O PMDB deverá ficar ainda com os ministérios do Turismo e da Previdência. O Ministério do Turismo deverá ir para as mãos de um deputado do PMDB. Os nomes cotados são os de Mendes Ribeiro (RS) e Marcelo Castro (PI). A eventual nomeação de Mendes Ribeiro para o primeiro escalão do governo Dilma permitirá o retorno à Câmara do deputado Eliseu Padilha (RS), que ficou com a primeira suplência nas últimas eleições.
Já a Previdência pode ficar com o ex-governador do Rio Moreira Franco ou um senador, saindo das mãos do PT. Se o escolhido for Moreira, o PMDB do Senado reivindica outro ministério para nomear um senador. O acerto inicial dos peemedebistas prevê dois ministros indicados pela bancada da Câmara e outros dois pelos senadores.
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Por Andréa Jubé Vianna, Eugênia Lopes e Denise Madueño, estadao.com.br, Atualizado: 3/12/2010 15:48