Sindicato (Sindsems) espera audiência com prefeito Clodoveu Arruda para retomar o diálogo das negociações e impedir que possíveis retaliações sejam consumadas e mobiliza nova assembléia com a categoria.
O SINDSEMS - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sobral, entidade que representa a categoria dos agentes de trânsito, após a suspensão da greve, nesta terça-feira (25), busca diálogo com o executivo municipal para retomar as negociações e evitar possíveis retaliações em decorrência do movimento paredista.
Com o retorno dos trabalhadores nas atividades laborais, informações dão conta que estão sendo tomadas diversas ações de assédio moral, autoritarismo e desrespeito com os trabalhadores do serviço público municipal, de forma pontual e centralizada. Tudo isso estaria ocorrendo na tentativa de intimidar a categoria para novos movimentos grevistas.
A primeira forma de retaliação foi à ameaça do corte do ponto, com anúncio de corte salarial, ainda a confirmar. Agora, as retaliações se ampliaram com o aviso de procedimentos administrativos (inquéritos/sindicância), sob a acusação de "insubordinação" e algo desse nível. Também anunciaram o rebaixamento dos supervisores de trânsito que passarão a receber orientações dos subinspetores da Guarda municipal que também passarão a ficar sob carregados nos plantões, e por conseqüência, mais atrasos no atendimento das ocorrências do trânsito, já que terão que acompanhar todas ações dos agentes de trânsito.
Segundo o presidente do Sindicato (Sindsems) Célio Brito, "Repudiamos a toda e qualquer postura da Secretaria da Cidadania e Segurança e Coordenadoria de Trânsito municipal, nas possíveis retaliações contra os profissionais que se encontravam em greve por aumento de salário, condições de trabalho digno e concurso público. Medidas urgentes e necessárias que merece uma atenção especial do poder público que não pode recuar na qualidade do serviço que presta a população sobralense". Defende o presidente. Em resposta, irá procurar o Ministério Público para impedir que essas retaliações sejam consumadas.
O Sindicato (Sindsems), espera uma outra postura por parte do poder público, " Neste retorno seria a hora sentar com a categoria para negociar as suas reivindicações, e trabalhar a reaproximação dos servidores para as ações coordenadas da secretaria, ao invés de optarem por tais medidas agressivas e antidemocráticas". Argumentam.
Ainda no ponto de vista da entidades classista, a ação do judiciário que suspendeu a greve, demonstra uma tentativa clara de criminalização do movimento, quando obriga o retorno ao trabalho sem garantir uma possibilidade de negociação do poder público com os trabalhadores.
Os trabalhadores do trânsito municipal estão reivindicando um reajuste no salário base, criação de um adicional de periculosidade, concurso público recompor o quadro e ampliar as vagas, pagamento de horas extras, em substituição de folgas em banco de horas, escalas de revezamento adequadas ao tipo de serviços, a fim de lhes assegurarem uma programação social e familiar, além do fim da militarização imposta à categoria de agentes de trânsito, que não é uma corporação militar.
Fonte: Sindsems.
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