Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Ministro reconhece que sistema de alertas não saiu do papel em governos anteriores .

20 de jan. de 2011

Ministro reconhece que sistema de alertas não saiu do papel em governos anteriores .

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, reconheceu nesta quinta-feira (20) que os governos anteriores não implantaram um sistema nacional de alerta e prevenção de desastres, embora ele estivesse previsto em decreto publicado em 2005, no primeiro mandato do presidente Lula.
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Esse sistema de alerta foi anunciado no início desta semana em resposta aos danos provocados pela fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Entre as medidas anunciadas pelo governo estão a compra de 700 pluviômetros e novos radares e o aviso de alerta às populações em áreas de risco até seis horas antes do evento climático.
'Nós não fizemos isso em 510 anos, [mas] vamos fazer isso o mais rápido possível. Os prefeitos não fizeram, os governadores não fizeram, os governos anteriores não fizeram', disse Mercadante, em entrevista ao programa 'Bom Dia, Ministro', da rede estatal de rádio e TV.
O petista argumentou que o sistema não foi implantado anteriormente porque as condições meteorológicas eram mais favoráveis. 'As tempestades tropicais estão se intensificando e estamos precisando de uma resposta, e vamos atrás dela o mais rápido possível', argumentou.
Mercadante reconheceu também que o país não tem uma 'cultura de prevenção contra desastres naturais' e que precisa aprimorar a previsão climática.
Caio Guatelli/Folhapress
Bombeiros e Exército trabalham no resgate de corpos em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro
Bombeiros e Exército trabalham no resgate de corpos em Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro

TRAGÉDIA
Mais de 700 pessoas morreram na região serrana do Rio de Janeiro vítimas de enxurradas, desmoronamentos e deslizamentos. Houve mortos em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro.
Os órgãos municipais informaram que não há mais áreas totalmente isoladas nas cidades atingidas. Muitas ainda continuam com difícil acesso, mas já estão recebendo socorro.
Segundo levantamento do Ministério Público, há mais de 300 pessoas desaparecidas. Há desalojados (temporariamente em casa de amigos ou parentes) e desabrigados (aqueles que perderam suas casas e dependem de abrigos públicos).

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