GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Quase um ano depois das denúncias contra o ex-senador Efraim Morais
(DEM-PB), o Senado exonerou nesta segunda-feira servidoras acusadas de
trabalharem como "fantasmas" do ex-parlamentar.
A exoneração das irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva foi
publicada no Boletim Administrativo da Casa. As duas não vão receber
indenização nem qualquer tipo de pagamento rescisório até que o Senado
conclua as investigações.
Além das irmãs, a servidora Mônica da Conceição Bicalho também foi exonerada nas mesmas condições.
O caso foi revelado em maio do ano passado. As duas irmãs foram nomeadas
para os cargos de assistentes parlamentares no Senado, com salário
mensal de R$ 3.800. Mas alegaram não saber que eram servidoras.
À Polícia Civil, elas disseram que duas amigas pediram seus documentos e
autorização para abrir conta em banco para receberem uma suposta bolsa
de estudos da UnB (Universidade de Brasília). Uma das amigas que teriam
pedido os documentos é Mônica, que na época prestava assessoria jurídica
para o senador.
Em junho de 2010, o Senado instaurou processo de investigação para
apurar as denúncias. A Polícia Legislativa encaminhou o inquérito contra
Efraim ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não foi concluído.
Como o ex-senador não foi reeleito para o Congresso, perderá direito ao
foro privilegiado --o que vai levar o caso à Justiça comum.
Na época, a Justiça bloqueou os bens de seis acusados da fraude, entre
eles Mônica Bicalho e membros da sua família que trabalhavam no gabinete
de Efraim.
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