Começa no dia 2 de julho e vai até o dia 6 de agosto a campanha nacional de vacinação contra a raiva. Nesse período, o Ceará realizará a primeira etapa de imunização de cães e gatos, em 84 municípios considerados de risco de raiva, com aplicação de um milhão de doses. A primeira etapa da campanha de vacinação contra a raiva no Estado contemplará os municípios com registro de casos de raiva canina, felina e humana nos últimos três anos, testes positivos para raiva em morcegos em áreas urbanas e municípios vizinhos a áreas de risco. A vacina anti-rábica não tem contraindicações e os donos devem levar para vacinar os animais a partir dos dois meses de vida, inclusive fêmeas prenhes, evitando vacinar animais doentes. No dia de mobilização, em 2 de julho, os municípios serão responsáveis pela distribuição dos postos de vacinação. A orientação da Secretaria da Saúde do Estado é de vacinar o maior número de animais possível nessa data. Depois, até o dia 6 de agosto, as secretarias municipais de saúde manterão postos de vacinação para imunizar os animais não vacinados. Em 2010, a campanha de vacinação foi suspensa em todo o país depois de mortes e reações adversas em cães e gatos que haviam sido vacinados. O governo federal decidiu suspender o uso da vacina fabricada pelo laboratório Bio-Vet e usada pela primeira vez em uma campanha nacional contra raiva. Este ano, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será o fornecedor de 32 milhões de doses que o Ministério da Saúde irá distribuir às secretarias estaduais de Saúde ainda em maio. A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%. Em 20 anos, entre 1990 e 2010, o Ceará registrou 43 óbitos em consequência da raiva humana. No ano passado foram dois casos. A partir do ano 2000, foram 14 mortes em 10 municípios: Fortaleza (3), Caucaia (3), Pindoretama, Maracanaú, Umirim, Tururu, São Luis do Curu, Camocim, Ipu e Chaval. Cães foram os transmissores do vírus da raiva em 11 desses óbitos. Nos outros três casos, o transmissor foi o sagüi, também conhecido como soim. A melhor maneira de evitar a raiva em humanos é a prevenção. Além da vacinação dos animais domésticos, as secretarias de saúde dos municípios devem ser acionadas para capturar os animais de rua que podem portar a doença. Nas cidades, a presença de morcegos deve ser notificada aos departamentos de zoonoses. Em caso de cão raivoso, há uma mudança comportamental que chama bastante a atenção. Um cão dócil começa a atacar todas as pessoas sem motivo, rejeita inclusive a alimentação. Começa também a se esconder, parece desatento e, às vezes, não atende ao próprio dono. Em nossa região da 11ªRES/Sobral. |
11ª
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