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2 de mai. de 2012

1º de Maio Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores

Comemorar esta data é afirmar a independência política da classe trabalhadora
O Dia 1º Maio foi criado em 1889, por um Congresso Operário Socialista realizado em Paris, em homenagem à greve geral de 1º de maio de 1886 em Chicago nos EUA, e aos seus dirigentes, os Mártires de Chicago, enforcados por lutar pela redução da jornada de trabalho para 8 horas.
Desde o final do século 19, o movimento operário mundial fez dessa data o símbolo da luta pela emancipação dos trabalhadores e da humanidade de toda a forma de exploração e opressão, afirmando as reivindicações e a independência política dos trabalhadores diante dos patrões e governos a seu serviço.
Não faltaram também ataques ao caráter de luta 1º de Maio, para transformá-lo numa “festa do trabalho” patrocinada por governos e empresários. Foi o que ocorreu, por exemplo, no Brasil nos “anos de chumbo” da ditadura militar.
O jornal “O Trabalho” foi lançado em 1º de Maio de 1978, saudando a realização de uma manifestação operária em Osasco (SP): “Depois de 10 anos, é a primeira vez que isso acontece: os trabalhadores vão se reunir no dia 1º de maio para falar mais alto em liberdade e democracia”. É esta tradição que os militantes da Corrente O Trabalho reivindicam!

Fora os patrões do 1º de Maio!
Uma tradição que vem sendo pisoteada nos últimos anos e que deve ser resgatada.
A CUT nacional havia orientado atos com eixo na luta por Liberdade e Autonomia Sindical, com o Plebiscito “Diga Não ao Imposto Sindical” em andamento. Entretanto, a CUT-SP faz um 1º de maio que não levanta qualquer reivindicação dos trabalhadores, com shows artísticos e feira gastronômica, com patrocínio do SESI (ligado à FIESP), de empresas que exploram os trabalhadores, como o Bradesco, Brahma, Petrobras, Caixa, e do governo federal.
Como é possível comemorar o Dia Internacional de Luta da classe trabalhadora sem falar de suas reivindicações e com dinheiro dos nossos inimigos de classe que são os patrões!
Em outros estados e cidades também ocorrem problemas deste tipo, justamente num momento em que a crise internacional do capitalismo exige das organizações dos trabalhadores, em particular da CUT, uma postura ofensiva de defesa de nossos direitos e conquistas contra a crise imperialista.

1º de Maio é para lutar
Na vizinha Argentina, onde os trabalhadores também lutam por seus direitos e pela soberania nacional, o governo decidiu retomar o controle do Estado sobre a YPF (petroleira privatizada nos anos 90), controlada até então pela multinacional espanhola Repsol. É uma medida parcial que vai na boa direção. Ela atualiza a necessidade de também no Brasil retomar o controle da nação sobre o petróleo, com uma Petrobras 100% estatal como propõe a FUP.
O momento exige da CUT que encabece uma mobilização nacional que levante uma plataforma de defesa da nação e dos trabalhadores que a constroem, contra os efeitos da crise mundial:
·        Chega de concessões e parceria com os patrões
·        Redução da jornada para 40 horas
·        Reforma Agrária
·        Contra a precarização das relações de trabalho
·        Pela estabilidade no emprego, fim do superávit primário
·        Centralização do cambio e derrubada dos juros
Esta são as tarefas da hora que deveriam estar no centro dos atos do 1º de Maio.
Os congressos estaduais e nacional da CUT que se avizinham, têm a responsabilidade de armar a classe trabalhadora para que ela jogue o papel independente que pode e deve jogar à cabeça dos demais setores esmagados pela política do imperialismo.

Viva o 1º de Maio, Dia internacional de luta da classe trabalhadora!

Carta da Corrente O Trabalho do Partido dos Trabalhadores • 1º de Maio de 2012
colaborador Roberto Luque

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