Correio Brasiliense: 22/08/2012
A presidente Dilma Rousseff não esconde a
irritação com a forma com que os representantes das chamadas carreiras
de Estado, que têm salário superiores a R$ 10 mil por mês, vêm
conduzindo as negociações com o Ministério do Planejamento. Para ela, é
inconcebível que justamente os funcionários federais que mais foram
beneficiados pela política de reajustes do governo Lula se recusem a
aceitar a proposta de correção de 15,8% divididos em três anos feita
pela atual administração. Por essa resistência, eles têm sido chamados
pela presidente de “sangues azuis” do funcionalismo.
Na avaliação do Palácio do Planalto, não há a menor possibilidade de
Dilma atender aos pleitos da elite do funcionalismo. Por isso, a
percepção dentro do governo é de que apenas as carreiras que ganham
menos aceitarão o aumento de 15,8%. A primeira parcela, de pouco mais de
5%, estará prevista na proposta orçamentária de 2013, que será
encaminhada até 31 de agosto. “Infelizmente, está prevalecendo a falta
de bom senso entre os sangues azuis. Eles ainda não perceberam a
gravidade da situação da economia mundial e do esforço que se está
fazendo para reativar a economia brasileira e garantir os empregos do
setor privado, os mais vulneráveis”, disse um técnico da equipe
econômica.
Ele ressaltou que, no Planalto, sempre é feita uma conta simples para
confrontar os argumentos dos sangues azuis: com os 5% de aumento em
2013, os funcionários que ganham R$ 10 mil vão incorporar R$ 500 nos
rendimentos. É quase um salário mínimo (R$ 622) pago a mais de 20
milhões de brasileiros. “Esses sangues azuis têm que entender que os
tempos de reajustes expressivos acabaram. Vivemos em outra realidade.
Não dá para comprometer o Orçamento da União com ganhos absurdos para
uma pequena classe privilegiada e deixar a maioria à margem”, disse o
técnico.
Servidores do Judiciário recorrem ao STF para garantir reajuste salarial
Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU)
se reuniram na tarde desta terça-feira (21/8) em frente ao Ministério
do Planejamento com balões, buzinas e faixas para reivindicar reajustes
salariais. De lá, os grevistas seguiram em passeata até o Supremo
Tribunal Federal (STF), onde representantes da categoria estão reunidos
com o presidente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
Ayres Britto.
Alguns manifestantes tentaram invadir o STF pela entrada de carros dos
ministros causando um princípio de tumulto. A polícia conteve os
grevistas com spray de pimenta.
Os funcionários do Poder Judiciário
reclamam da falta de reajustes e pedem para que o ministro do STF
intervenha por eles antes que o Orçamento para 2013 seja concluído.
O governo federal ofereceu a categorias do Executivo em greve um
reajuste de 15,8%, mas nenhuma oferta foi feita aos servidores do
Judiciário. Na última semana, a presidente Dilma Rousseff disse que o
Judiciário ganha bem e, por isso, os funcionários podem esperar um
momento melhor da economia para ter nova correção nos salários.
Agentes administrativos da PF protestam em frente ao Palácio do Planalto
Cerca de cem agentes administrativos da Polícia Federal estão reunidos
em frente ao Palácio do Planalto, na tarde desta terça-feira (21/8), em
mais um protesto por mudanças e reestruturações na carreira.
O grupo rasgou e queimou cópias do termo de posse e do acordo firmado
com o governo em 2011, que tinha prazo para março deste ano e, até o
momento, não foi cumprido.
Assim como outras categorias, os agentes administrativos da PF não
aceitaram encerrar a greve por outras questões além do reajuste salarial
de 15,8% ofertado pelo governo. A principal reivindicação dos grevistas
é reestruturação da carreira e respeito do governo com os compromissos
firmados com a categoria.
Pouco antes das 17h, três carros colidiram em frente ao Palácio, onde os
grevistas estão protestando, uma Saveiro, um Fiesta e um Fiat Uno,
ninguém ficou ferido. Nenhuma faixa foi fechada e o trânsito não
apresenta retenções.
Agentes administrativos da PF protestam em frente ao Palácio do Planalto
Cerca de cem agentes administrativos da Polícia Federal estão reunidos
em frente ao Palácio do Planalto, na tarde desta terça-feira (21/8), em
mais um protesto por mudanças e reestruturações na carreira.
O grupo rasgou e queimou cópias do termo de posse e do acordo firmado
com o governo em 2011, que tinha prazo para março deste ano e, até o
momento, não foi cumprido.
Assim como outras categorias, os agentes administrativos da PF não
aceitaram encerrar a greve por outras questões além do reajuste salarial
de 15,8% ofertado pelo governo. A principal reivindicação dos grevistas
é reestruturação da carreira e respeito do governo com os compromissos
firmados com a categoria.
Pouco antes das 17h, três carros colidiram em frente ao Palácio, onde os
grevistas estão protestando, uma Saveiro, um Fiesta e um Fiat Uno,
ninguém ficou ferido. Nenhuma faixa foi fechada e o trânsito não
apresenta retenções.
colaborador - Roberto Luque
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