Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : REUNIÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA DA CUT RESOLUÇÕES

1 de mai. de 2013

REUNIÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA DA CUT RESOLUÇÕES

Imagem de Roberto Luque
A Direção Executiva da CUT, reunida em São Paulo no dia 25 de abril de 2013, condena a recente decisão do Comitê de Política Monetária – COPOM de aumentar a taxa de juros. Novamente, o governo rendeu-se à pressão dos especuladores e dos formadores de opinião que repercutem os anseios desses rentistas ávidos por manter e recuperar ganhos financeiros.
            A consequência direta dessa política de elevação dos juros, se mantida, será  a transferência de recursos da sociedade para os rentistas, com efeitos nefastos na economia não só em 2013, mas também nos anos seguintes, uma vez que desestimula os investimentos privados, prejudica os investimentos públicos, além de reduzir o consumo, com efeitos negativos na economia e, em especial,  no mercado de trabalho.
O aumento da taxa de juros não tem influência na inflação atual, dada sua natureza. Essa inflação localiza-se em alguns componentes e não tem relação com a demanda. Trata-se da instabilidade dos preços dos alimentos (problemas climáticos, especulação sobre os preços das commodities no mercado internacional), que já apresenta sinais de acomodação; dos preços administrados (tarifas públicas) e dos preços sazonais típicos do inicio do ano especialmente em despesas pessoais como excursões e educação. Projeções do setor financeiro e do Banco Central indicam que em 2013 a inflação permanecerá dentro da meta.
A CUT reafirma que para manter o crescimento da economia a saída é  a ampliação dos investimentos no setor produtivo e em infraestrutura, o aumento dos investimentos públicos em saúde e educação visando a  redução das desigualdades sociais.
 Primeiro de maio
             O mês de abril tem sido marcado por um amplo processo de mobilização de nossas bases sindicais em torno da Pauta da Classe Trabalhadora entregue ao governo federal na Marcha a Brasília, no dia 6 de março. Atendendo ao chamamento da Direção  da CUT, manifestações ocorreram nos estados no dia 18, exigindo resposta do governo às nossas demandas.
            As reivindicações contidas na Pauta têm um significado político fundamental, na medida em que apontam para a defesa da nação e da classe trabalhadora contra os efeitos nocivos da crise capitalista mundial que ainda nos ameaça. Elas protegem o emprego, reforçam o salário e ampliam direitos fundamentais, reivindicados de longa data. Indicam que o projeto de desenvolvimento que defendemos junto com outros setores democrático-populares tem como alicerce o crescimento econômico sustentável com distribuição de renda, proteção ao trabalho e inclusão social. As reivindicações contidas na Pauta são, portanto, inadiáveis.
            A ação da base sindical CUTista deve ser intensificada ainda mais, não apenas no Congresso Nacional e Executivo, mas a partir de uma pressão organizada e sistemática nos Estados e municípios, desde os locais de trabalho, nas bases dos parlamentares, nas assembleias estaduais e câmaras de vereadores, tendo como  referência a Pauta dos Trabalhadores.
A CUT, nesse 1º de Maio,  conclama suas bases  a se mobilizarem em torno das seguintes reivindicações:
·         Democratização dos meios de comunicação
·         Reforma política
·         40 horas semanais sem redução de salários
·         Fim do fator previdenciário
·         Reforma agrária
·         Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres
·         Política de valorização dos aposentados
·         10% do PIB para a educação
·         10% do orçamento da União para a saúde
·         Correção da tabela do imposto de renda
·         Ratificação da Convenção 158 da OIT
·         Regulamentação da Convenção 151 da OIT
·         Ampliação do investimento público.
Terceirização
 A Executiva Nacional da CUT discutiu também a situação atual de regulamentação da Terceirização no Brasil e os riscos que a aprovação do relatório final do deputado Arthur Maia sobre o PL 4330 representa para a classe trabalhadora. Foram debatidas as ações que vêm sendo desenvolvidas pela CUT em conjunto com outras entidades e a estratégia para o próximo período. Deliberou pelos seguintes encaminhamentos:
1. Articular com as Centrais Sindicais que se posicionam com a CUT a construção e divulgação na base de uma nota assinada em conjunto contra a aprovação do relatório final do deputado Arthur Maia
 2. Apontar a Terceirização como um dos principais temas para os Atos do 1º de Maio em todo o Brasil, com coleta de assinaturas para o Manifesto do Fórum em Defesa dos Trabalhadores ameaçados pela Terceirização e divulgação de material informativo sobre os riscos que a classe trabalhadora corre com a proposta atual de regulamentação.
 3. Ampliar a divulgação através dos nossos meios de comunicação e buscar outros parceiros para fortalecer essa luta.
 Executiva da CUT Nacional

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