Dois cenários completamente distintos,
abrangendo grandes extensões de terra e mui diversos e distantes países. O
cântico de paz, de amor e de glória que soara na imensidade dos espaços
infinitos, havia ressoado igualmente em cada alma que, com a luz interna da
sabedoria Divina, esperava a chegada do Homem-Deus; “Glória a Deus nos Céus
infinitos e paz, na Terra, aos homens de boa vontade!” De outra parte, assim
como esse cântico vibrara para todos os
Essênios refugiados em seus Santuários, havia ele ecoado também nas Escolas
Ocultas e Secretas de Gaspar, Melchor e Baltasar, nas províncias onde elas
existiam há muitos anos. Em conseqüência disso, por toda Síria, Fenícia e
Palestina, um estranho movimento começou a agitar alegremente as almas sob
diversas formas e manifestações de felicidade, segundo o prisma por meio do
qual olhava, cada um, o grande acontecimento. Aqueles que, embora já
pertencendo à fraternidade Essênia, apenas a conheciam como continuadora dos
ensinamentos de Moises, aceitavam a interpretação dada pelos sacerdotes, relativamente
à futura vinda de um Messias, Salvador de Israel. O povo de Israel caíra sob o
domínio de Roma, rainha e senhora do mundo civilizado de então. Esta subjugação
era a tal ponto amarga e dura para os israelitas convictos de possuírem todas
as prerrogativas de povo escolhidos-que, para eles, nenhum acontecimento
poderia ser maior do que a aparição de um Messias-Salvador.
Deste ponto d vista, interpretavam os
hebreus todas as anunciações e profecias, a partir da remotíssima idade de
Adamu e Evana (*), ou seja, desde os começos da Civilização Adâmica.
Muita dessas anunciações e profecias
se haviam verificado nas diversas permanências do Homem-Luz sobre a Terra.
Algumas delas haviam tido seu cumprimento em Abel, outras em Chrisna e outras,
ainda, em Moisés e Bhuda.
Mas, para o povo o hebreu, tudo revestia um só aspecto naquela
hora: um Messias-Salvador que, empunhando o cetro de David e de Salomão,
levantasse Israel acima da poderosa dominadora do povos: Roma.
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