A reunião entre o governador e presidente do PSB no Ceará, Cid Gomes, com o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, há uma semana, não foi o suficiente para abrandar o desentendimento entre os irmãos Novais e os Ferreira Gomes na seção estadual do partido. Pelo contrário, a posição de Cid diante da possível candidatura de Campos à presidência da República em 2014, piorou a situação, segundo o membro da Executiva Nacional do PSB, Sérgio Novais, que aguarda reunião com Campos para definir o futuro dentro da sigla.
Os irmãos Sérgio e Eliane Novais encabeçam o que se define como a “ala histórica” do PSB no Ceará e declaram apoio à candidatura de Campos. Em contrapartida, Cid tenta manter a aliança do PSB com o PT no Estado e estabelecer palanque para a reeleição de Dilma Rousseff (PT). “A candidatura de Campos no partido é um fato consumado. Já tivemos problemas em outros locais, mas no Ceará é onde está o imbróglio”, disse Sérgio.
Para ele, é incompatível que Cid insista em manter a relação com Dilma diante da quase certa candidatura de Eduardo Campos. O ex-presidente do partido no Estado criticou a afirmação de Cid de que tentará restabelecer a relação entre Dilma e Campos. “Está posto um grande mal-estar, uma desconfiança mútua. Estamos em situação delicada”, ressaltou Novais, que esteve reunido com a cúpula do partido, em Brasília, na última sexta-feira, mas ainda aguarda reunião com Campos para esta semana.
Mudanças
Apesar de Eliane e Sérgio já terem sinalizado para a possibilidade de saírem do partido e filiarem-se ao Rede, partido de Marina Silva, em fase de criação, ainda há a expectativa para eles de que seja Cid o membro a buscar outra filiação. “Por que eles não criam uma legenda para eles se é tão fácil criar uma no Brasil?”, disse Sérgio contra os irmãos Cid e Ciro Gomes.
Cid já manifestou que não pretende deixar o partido e é incisivo ao afirmar que manterá o apoio a Dilma. Nos bastidores, há articulações de Cid para reacomodar lideranças do PSB e de legendas como PRB e PMDB para outras siglas, com o objetivo de garantir um bloco de aliados, caso deixe o PSB em 2014.
Ao site G1, após o encontro com Cid, Campos afirmou que diferenças de posições são normais em todos os partidos e que a opinião de Cid Gomes em apoiar a aliança com o PT não afeta a união do PSB. Mesmo assim, para ser forte em estabelecer um palanque seja para Dilma, seja para Campos, a sigla no Ceará ainda precisa estruturar bem as relações internas.
fonte o povo
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