O ex-ministro e agora secretário estadual de Saúde, Ciro Gomes (PSB), afirmou ontem que não tem interesse em rompimento com o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, mesmo que este leve adiante suas pretensões de candidatura à presidência da República no próximo ano. “Não temos interesse em romper. Não somos quinta coluna, não gostamos de trairagem”, afirmou Ciro sobre o futuro da relação com o governador pernambucano. Porém, reafirmou o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), cujo governo é alvo das críticas de Campos. “Queremos contribuir no que podemos, e acreditamos que agora é hora para ajudar a qualificar o governo Dilma Rousseff”, pontou. As declarações foram feitas no evento de posse de Ciro na pasta de Saúde, para a qual foi nomeado governador e irmão Cid Gomes (PSB) na última segunda-feira. Segundo informações da Folha de S. Paulo, Cid se dispôs a ser intermediário para tentativa de reaproximação entre Campos e Dilma e disse que candidatura própria do PSB não pode “fortalecer a oposição reacionária”. “A gente cumprir o papel de fortalecer oposição reacionária me preocupa. Nosso campo, e ele (Campos) ratificou isso para mim, é um campo progressista, e eu me preocupo que uma candidatura nossa possa cumprir o papel apenas de servir ao reacionarismo e ao conservadorismo do Brasil”, falou o governador. Candidatura Campos vem articulando para fomentar sua candidatura ao Planalto no próximo ano e teria deixado essa ideia clara a Cid durante encontro que se estendeu até a madrugada da última terça-feira. Na ocasião, o pernambucano teria dito a Cid que, se a eleição fosse hoje, seria candidato a presidente, seja “para fazer 1% ou 30% (dos votos)”. Na projeção de Campos, Dilma tende a ter em torno 40% dos votos, o que deixa cerca de 60% do eleitorado para serem disputados pelos demais candidatos. A movimentação de Campos nos bastidores tem feito os aliados do Governo aumentarem a pressão para que os indicados pelo PSB sejam afastados dos cargos federais. Tanto Cid como Ciro já declararam reiteradas vezes apoio à reeleição de Dilma no próximo ano, discordando do posicionamento de Campos. Mesmo assim, rechaçam a ideia de deixar o partido. (Colaborou Liana Costa) Saiba mais Ciro tem em seu histórico político vários rompimentos emblemáticos com aliados. No primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele saiu do PSDB e foi para o PPS, sigla pela qual disputou as eleições presidenciais de 1998 e 2002. Em 2006, já no PSB, acompanhou Tasso Jereissati e rompeu com o então governador Lúcio Alcântara para apoiar Cid na eleição para o Governo do Estado.Em 2010, ele e Cid romperam com Tasso e apoiaram Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) para o Senado.
13 de set. de 2013
Ciro: "Não gostamos de trairagem"Ciro Gomes disse não ter interesse em romper com Eduardo Campos. Já o governador Cid Gomes afirma que eventual candidatura não pode servir à "oposição reacionária"
O ex-ministro e agora secretário estadual de Saúde, Ciro Gomes (PSB), afirmou ontem que não tem interesse em rompimento com o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, mesmo que este leve adiante suas pretensões de candidatura à presidência da República no próximo ano. “Não temos interesse em romper. Não somos quinta coluna, não gostamos de trairagem”, afirmou Ciro sobre o futuro da relação com o governador pernambucano. Porém, reafirmou o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), cujo governo é alvo das críticas de Campos. “Queremos contribuir no que podemos, e acreditamos que agora é hora para ajudar a qualificar o governo Dilma Rousseff”, pontou. As declarações foram feitas no evento de posse de Ciro na pasta de Saúde, para a qual foi nomeado governador e irmão Cid Gomes (PSB) na última segunda-feira. Segundo informações da Folha de S. Paulo, Cid se dispôs a ser intermediário para tentativa de reaproximação entre Campos e Dilma e disse que candidatura própria do PSB não pode “fortalecer a oposição reacionária”. “A gente cumprir o papel de fortalecer oposição reacionária me preocupa. Nosso campo, e ele (Campos) ratificou isso para mim, é um campo progressista, e eu me preocupo que uma candidatura nossa possa cumprir o papel apenas de servir ao reacionarismo e ao conservadorismo do Brasil”, falou o governador. Candidatura Campos vem articulando para fomentar sua candidatura ao Planalto no próximo ano e teria deixado essa ideia clara a Cid durante encontro que se estendeu até a madrugada da última terça-feira. Na ocasião, o pernambucano teria dito a Cid que, se a eleição fosse hoje, seria candidato a presidente, seja “para fazer 1% ou 30% (dos votos)”. Na projeção de Campos, Dilma tende a ter em torno 40% dos votos, o que deixa cerca de 60% do eleitorado para serem disputados pelos demais candidatos. A movimentação de Campos nos bastidores tem feito os aliados do Governo aumentarem a pressão para que os indicados pelo PSB sejam afastados dos cargos federais. Tanto Cid como Ciro já declararam reiteradas vezes apoio à reeleição de Dilma no próximo ano, discordando do posicionamento de Campos. Mesmo assim, rechaçam a ideia de deixar o partido. (Colaborou Liana Costa) Saiba mais Ciro tem em seu histórico político vários rompimentos emblemáticos com aliados. No primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele saiu do PSDB e foi para o PPS, sigla pela qual disputou as eleições presidenciais de 1998 e 2002. Em 2006, já no PSB, acompanhou Tasso Jereissati e rompeu com o então governador Lúcio Alcântara para apoiar Cid na eleição para o Governo do Estado.Em 2010, ele e Cid romperam com Tasso e apoiaram Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) para o Senado.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário