APOIOU PIMENTEL PRESOS EM JATINHO PARTICIPARAM DA CAMPANHA DO PT EM MINAS ‘BENÉ’ ESTAVA NO JATINHO ABORDADO PELA PF: PARCEIRO DO PT EM OUTROS CASOS

Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o “Bené”, velho conhecido do lado obscuro 

da campanha do PT

Os homens detidos pela Polícia Federal na noite desta terça-feira, 7, portando R$ 116 mil em dinheiro vivo, vinham de Belo Horizonte, onde participaram da campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais.

O principal personagem preso foi o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o “Bené”, dono da Gráfica Brasil e velho conhecido do submundo do lobby em Brasília. Foi ele quem alugou o imóvel, em Brasília, onde funcionou o comitê eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010. O empresário também é dono da Dialog Eventos e ficou rico com contratos nos governos Lula e Dilma, que lhe renderam mais de R$ 320 milhões.

Outro dos detidos,  Marcier Trombiere Moreira, apenas pegou carona no jatinho que em direção a Brasília, onde Mora,. Marcier é funcionário de carreira aposentado do Banco do Brasil e até há três meses exercia cargo de confiança no Ministério das Cidades. Ele trazia apenas R$ 4 mil no bolso, que lhe pertencem. Ele colaborou na campanha de Pimentel. O terceiro preso é Pedro Medeiros, que acompanhava “Bené” na viagem.

O jato foi abordado pela Polícia Federal ainda na pista de pouso. Todos foram levados para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, mas foram liberados logo após. Um inquérito foi aberto para investigar a origem do dinheiro.

Detido divulga nota

Marcier Trombiere Moreira, que pegou carona no jatinho de Bené e acabou preso ela PF, divulgou nota afirmando que sofre problemas de coração e sempre leva dinheiro com ele temendo falta de atendimento em hospital, como já ocorreuem Brasília. Com ele, a PF apreendeu cerca de R$ 1 mil na carteira e R$ 5 mil em sua bolsa de viagem, sacados de sua conta na Caixa. Eis a íntegra de sua nota:

“Com relação à abordagem do avião, e abalado depois de ver a notícia me envolvendo, às vezes, sem a apuração da realidade, venho a declarar:

1- Tenho uma carreira de mais 35 anos de honestidade e trabalho desde os 14 anos, como menor aprendiz do Banco do Brasil, com passagens de mais de 15 anos como gestor no serviço público;

2 – Aposentei-me do Banco do Brasil em abril de 2014 e saí do Ministério e do serviço público, sem que nenhuma pendência, seja com os órgãos de controle, seja com minha consciência, depois de trabalho gratificado de entrega para a sociedade, sem qualquer minúscula mácula na minha honra;

3-Quando já estava me preparando para tomar o vôo Gol, fui, por telefone, convidado por meu amigo, o empresário Benedito Rodrigues, para uma carona em seu vôo;

4- Como sofri um enfarto há pouco mais de um ano e tive uma frustração de atendimento em um hospital em Brasília, desde então, carrego comigo uma quantia em dinheiro e também uma folha de cheque para eventual emergência;

5 – Desse modo, tinha comigo pouco mais de um mil reais na carteira  e 5 mil na bolsa na parte exterior da mala sacados da minha conta na Caixa Econômica Federal, de recursos do meu FGTS, pagos por ocasião da minha aposentadoria;

6- Não sabia e nem fui informado da existência de outros recursos em dinheiro a bordo;

7- Tampouco deixei de prestar esses esclarecimentos à Polícia Federal, no ato;

8- Vivo da minha aposentadoria e dos recursos indenizatórios trabalhistas do BB e vivo a experiência de poder fazer o trabalho que eu quiser.

Agora, revestidos  de uma guerra política tentam denegrir a honradez de mais de 35 anos de trabalho honrado, comprovado por todas as auditorias e pelos colegas dos lugares por onde passei.

Acredito que os homens profissionais de verdade  e pessoas de bem saberão que não se perde a consciência da ética, de uma hora para outra, depois de uma vida inteira de seriedade   Fonte Diário do Poder