Hermínia Vieira jornalismo@cearanews7.com.br |
O notável desempenho do governador do Ceará, Cid Gomes, nas eleições deste ano, impulsionou-o a projetos mais ousados. Após fazer seu sucessor no Estado e contribuir consideravelmente para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Cid quer ser presidente da República. Contrariando os prognósticos óbvios, o governador tem um palpite de que o ex-presidente Lula não regressará no pleito vindouro.
Segundo a coluna Brasília-DF, de Denise Rothenburg (do Correio Braziliense), desta terça-feira (28), Cid busca tirar Dilma da dependência do PMDB para, com isso, se cacifar para a candidatura ao Planalto, em 2018.
Calculista que é, o governador sabe que tal ambição exige planejamento detalhado, por isso, traçou planos para curto, médio e longo prazo. Conforme o Ceará News7 antecipou, a pretensão imediata de Cid é a criação de um novo partido, que deve condensar sua legenda, o PROS, e os aliados PDT e PCdoB. A nova sigla seria uma via mais cômoda para arregimentar todos os apoiadores dos irmãos Ferreira Gomes, em especial, o governador eleito, Camilo Santana (PT), afiliado do PT.
Caso não logre êxito, seu plano B seria migrar para o PT. Apesar de, aparentemente, esta ser a forma de melhor aproximar-se de suas pretensões palacianas, o desembarque seria o caminho mais tumultuado para tal fim, uma vez que alteraria a conjuntura política em níveis estadual e nacional.
Já na “porta de entrada”, dois problemas. O primeiro, seria convencer seu irmão Ciro Gomes a também entrar e, o segundo, convencer Luizianne Lins (PT) a não sair. A ex-prefeita de Fortaleza e deputada federal eleita já deixou bastante claro que não pretende dividir legenda com os “FGs”, seus desafetos políticos. Em outro momento, a lôra decretou que, se Cid e Ciro entrassem para o PT por uma porta, na mesma hora, ela sairia por outra.
Outra pedra já foi previamente colocada no caminho de Cid Gomes. Em seu primeiro pronunciamento após ser reeleita presidente da República, Dilma homenageou seu vice, Michel Temer (PMDB), decretando vida longa à aliança entre petistas e peemedebistas.
* Coluna de Denise Rothenburg (Correio Braziliense) desta terça-feira (28).
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