Blog Moisés Arruda - Sobral/CE/Facebook-moiseslinharesarruda : Governar diferente é preciso. Alô, Camilo Santana! No diálogo com a PM, nada de seguir exemplo cidista

28 de out. de 2014

Governar diferente é preciso. Alô, Camilo Santana! No diálogo com a PM, nada de seguir exemplo cidista

Com o título “Outra alternativa”, eis artigo do jornalista Demitri Túlio. Ele aborda a disposição do governador eleito Camilo Santana (PT) de abrir diálogo com a Polícia Militar e recomenda logo que o petista não siga a prática do atual governador nessa área. Confira:
Camilo Santana precisa fazer diferente se quiser retomar o controle da Polícia Militar para o Estado. O modelo Cid Gomes de proceder nessa área, está provado, não vale como exemplo. O governador eleito do Ceará terá de adotar outra postura, demonstrar habilidade para conversa sincera com adversários e saber gerenciar um conflito que já herdou esgarçado.
Não que tenha de se submeter a emparedamentos ou coações. Não. Mas tem de enxergar que a Polícia Militar do Ceará se tornou, de 2012 pra cá, um ator político. E é sem volta.
Elegeu um vereador (capitão Wagner), depois o fez deputado estadual e levará à Câmara Federal um cabo (Sabino), que até bem pouco tempo dirigia uma associação recreativa de cabos e soldados. Entidade sem expressão política nem força de mobilização.
O grande erro do gestor Cid Gomes foi personalizar na figura de um capitão, liderança que surgiu por acaso durante um aquartelamento que se amedonhou numa greve, uma ira infantilizada e alimentada por interlocutores despreparados para lidar com a divergência.
Erro que Camilo não carece cometer. Enquanto os Ferreira Gomes elegiam um inimigo inexistente, a tropa tomava partido e mobilizava familiares e simpatizantes.
O policial militar, principalmente praças,oficiais subalternos e intermediários, passou a se olhar como trabalhador da segurança pública.Viu a possibilidade de também colocar na pauta seus direitos. Assunto sempre represado por comandos gerais subservientes e pela força da hierarquia do “cala boca se não te puno”.
E independente de liderança A ou B, a autoestima da tropa tem de ser tratada de outra maneira. A Camilo resta construir novas pontes. E aos policiais, entender que trabalhador nenhum reivindica acuando a sociedade nem se valendo de uma arma nos cós.
* Demitri Túlio,
É repórter especial do O POVO. 

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