Hermínia Vieira jornalismo@cearanews7.com.br |
A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, um dos líderes da organização criminosa que movimentou R$ 10 bilhões, Meire Poza, foi ouvida nesta quarta-feira (8) pela CPI mista da Petrobras.
No depoimento, Poza reafirmou que Youssef era sócio do deputado baiano Luiz Argôlo em duas empresas sediadas em Fortaleza: a M.Dias Branco e a Grande Moinho Cearense. Elas teriam recebido mais de 1 milhão de reais do esquema. A informação já havia sido passada por Meire ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em agosto. No depoimento prestado hoje, a contadora afirmou não ter conhecimento se as empresas cearenses estão ligadas ao esquema da Petrobras.
Meire Poza é considerada testemunha-chave da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que levou Youssef à prisão em março. Os convites para ouvir a contadora ocorreram depois de uma entrevista à revista VEJA, na qual contou um pouco do que presenciou durante os mais de três anos em que prestou serviços ao doleiro. A contadora era responsável por manusear notas fiscais frias, assinar contratos de serviços que jamais foram feitos e montar empresas de fachada destinadas à lavagem de dinheiro. Nesse período, ela viu malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras e chegando às mãos de notórios políticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário