Maurício Moreira jornalismo@cearanews7.com.br |
O secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PROS), através de um artigo publicado na Carta Capital na quarta-feira (05), afirmou que a presidenta "Dilma (Rousseff) precisa de melhores companhias" para governar. O ex-ministro fez duras críticas à política econômica da petista e ao aumento de impostos logo após a reeleição.
"Dilma Rousseff só venceu as eleições pelo fato de a maioria precária de nós, brasileiros, perdoarmos as graves contradições de sua governança e, especialmente, de sua condução da economia. E o fizemos por argumentos de duas ordens: confiamos em sua boa-fé e decência pessoal, vis-à-vis a crônica de desmandos e escândalos magnificados pelos sócios majoritários da imoralidade pátria, especialmente na grande mídia. E, acima de tudo, penso eu, por percebermos que, por trás de tudo, é possível enxergar que a “turma” que Dilma de fato representa, apesar de sua mania de andar mal-acompanhada, os valores mais importantes para o povo: o compromisso nacional".
Está não é a primeira vez que Ciro critica o governo Dilma e põe a culpa na base aliada. Em abril deste ano, o secretário declarou que Dilma "tem pago esse preço de ter na própria base dela esse grupo de pessoas que não vale o que o gato enterra", Em seguida, garantiu que ajudaria a presidenta no que fosse possível.
Alinhamento dos Ferreira Gomes
O discurso apresentado no texto do ex-ministro não surpreende e alinha-se aos atuais objetivos do irmão, o governador Cid Gomes (PROS), que se reuniu, na última terça-feira (04), com a presidenta para apresentar a proposta de criação de um novo partido ou frente de esquerda, visando a blindar a petista contra investidas e "chantagens" da base aliada, em especial do PMDB, maior bancada no Senado.
Após eleger seu sucessor, o governador eleito Camilo Santana (PT), e a presidenta alcançar quase 77% dos votos válidos no Ceará, Cid voltou a crescer aos olhos de Dilma, estando, hoje, cotado para assumir o Ministério da Educação no novo governo da presidente reeleita. Caso o atual governador não aceite o cargo, existe também a possibilidade de Ciro assumir a pasta das Cidades.
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